quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Carta sobre os novos processos contra professores

Curitiba, 15 de dezembro de 2007

Caros colegas, Professores e Funcionários,

Quando soubemos quem seria a nova Diretora Geral do Colégio Estadual do Paraná, tivemos uma grande esperança de que, enfim, teríamos uma gestão democrática na sua essência, independente de eleição ou não. Acreditávamos que a profª Madselva viria para fazer uma gestão de transição para a democracia, que seria uma passagem para um processo de eleições diretas para a escolha da direção. A profª Madeselva até chegou com este discurso, que aos poucos foi se transformando ao ponto de ela própria dizer “que nunca haveria eleições para Diretor Geral do Colégio Estadual do Paraná”, argumentando que o governo precisa de “alguém de confiança” para administrar uma instituição do porte do CEP, que recebe muitas verbas. Nas entrelinhas da fala da profª Madselva, ninguém, nenhum professor ou funcionário de nossa escola, seria “confiável” na visão do Governo do Estado. Mas nós, ao contrário, confiamos o nosso voto a este governo. A falta de confiança da diretora Madselva nos professores e funcionários se comprovou mais ainda com a sua forma de administrar: autoritária, unilateral. Não era o que esperávamos da parte de alguém que sempre se destacou por sua luta pela democracia na educação.

Nossa causa é justa: QUEREMOS DEMOCRACIA, algo que só se efetivará a partir da mudança da Lei 14231/2003 que atualmente impede que haja eleições diretas para a direção do Colégio Estadual do Paraná. Mas nossa luta é absolutamente injusta do ponto de vista da disparidade de forças, pois lutamos contra todo o aparato do Estado, que está sendo utilizado “com muita eficiência” pela profª Madselva que não tem medido esforços para se manter no poder: professores, funcionários sendo perseguidos, filmados pela P2 e processados administrativamente, difamados através da TV Paraná Educativa que tem mostrado apenas o lado do Governo. A profª Madselva diz que toda a nossa “revolta” é pelo fato de ela ter implantado o uso do livro ponto. A ela respondemos que o livro ponto do bom profissional é a sua aula dada.

Paulo Freire defende na sua Pedagogia do Oprimido a “ética que condena acusar por ouvir dizer, afirmar que alguém falou A sabendo que foi dito B, falsear a verdade, iludir o incauto, golpear o fraco e indefeso, soterrar o sonho e a utopia, prometer sabendo que não cumprirá a promessa, testemunhar mentirosamente, falar mal dos outros pelo gosto de falar mal”. Esta é a realidade na qual se baseiam os processos administrativos contra 10 (dez) professores, comprovadamente comprometidos com o ensino público de qualidade (Denílson, Elena e Cleusa – História; Malu, Camila, Dulce – Português; Geibe e Edilene – Química; Wanderley – Filosofia; Leisa – Geografia). Estamos indignados sim, mas com a falta de coerência de pessoas que teoricamente defendem a democracia, mas que têm uma prática muito distante de qualquer princípio que possa ser considerado propriamente democrático. Voltando a Paulo Freire, “posso não aceitar a concepção pedagógica deste ou daquela autora e devo inclusive expor aos alunos as razões por que me oponho a ela, mas o que não posso, na minha crítica, é mentir”.

Carta sobre os novos processos contra professores

Curitiba, 15 de dezembro de 2007

Caros colegas, Professores e Funcionários,

Quando soubemos quem seria a nova Diretora Geral do Colégio Estadual do Paraná, tivemos uma grande esperança de que, enfim, teríamos uma gestão democrática na sua essência, independente de eleição ou não. Acreditávamos que a profª Madselva viria para fazer uma gestão de transição para a democracia, que seria uma passagem para um processo de eleições diretas para a escolha da direção. A profª Madeselva até chegou com este discurso, que aos poucos foi se transformando ao ponto de ela própria dizer “que nunca haveria eleições para Diretor Geral do Colégio Estadual do Paraná”, argumentando que o governo precisa de “alguém de confiança” para administrar uma instituição do porte do CEP, que recebe muitas verbas. Nas entrelinhas da fala da profª Madselva, ninguém, nenhum professor ou funcionário de nossa escola, seria “confiável” na visão do Governo do Estado. Mas nós, ao contrário, confiamos o nosso voto a este governo. A falta de confiança da diretora Madselva nos professores e funcionários se comprovou mais ainda com a sua forma de administrar: autoritária, unilateral. Não era o que esperávamos da parte de alguém que sempre se destacou por sua luta pela democracia na educação.

Nossa causa é justa: QUEREMOS DEMOCRACIA, algo que só se efetivará a partir da mudança da Lei 14231/2003 que atualmente impede que haja eleições diretas para a direção do Colégio Estadual do Paraná. Mas nossa luta é absolutamente injusta do ponto de vista da disparidade de forças, pois lutamos contra todo o aparato do Estado, que está sendo utilizado “com muita eficiência” pela profª Madselva que não tem medido esforços para se manter no poder: professores, funcionários sendo perseguidos, filmados pela P2 e processados administrativamente, difamados através da TV Paraná Educativa que tem mostrado apenas o lado do Governo. A profª Madselva diz que toda a nossa “revolta” é pelo fato de ela ter implantado o uso do livro ponto. A ela respondemos que o livro ponto do bom profissional é a sua aula dada.

Paulo Freire defende na sua Pedagogia do Oprimido a “ética que condena acusar por ouvir dizer, afirmar que alguém falou A sabendo que foi dito B, falsear a verdade, iludir o incauto, golpear o fraco e indefeso, soterrar o sonho e a utopia, prometer sabendo que não cumprirá a promessa, testemunhar mentirosamente, falar mal dos outros pelo gosto de falar mal”. Esta é a realidade na qual se baseiam os processos administrativos contra 10 (dez) professores, comprovadamente comprometidos com o ensino público de qualidade (Denílson, Elena e Cleusa – História; Malu, Camila, Dulce – Português; Geibe e Edilene – Química; Wanderley – Filosofia; Leisa – Geografia). Estamos indignados sim, mas com a falta de coerência de pessoas que teoricamente defendem a democracia, mas que têm uma prática muito distante de qualquer princípio que possa ser considerado propriamente democrático. Voltando a Paulo Freire, “posso não aceitar a concepção pedagógica deste ou daquela autora e devo inclusive expor aos alunos as razões por que me oponho a ela, mas o que não posso, na minha crítica, é mentir”.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Caros colegas, Professores e Funcionários

Curitiba, 15 de dezembro de 2007

Caros colegas, Professores e Funcionários,


Quando soubemos quem seria a nova Diretora Geral do Colégio Estadual do Paraná, tivemos uma grande esperança de que, enfim, teríamos uma gestão democrática na sua essência, independente de eleição ou não. Acreditávamos que a profª Madselva viria para fazer uma gestão de transição para a democracia, que seria uma passagem para um processo de eleições diretas para a escolha da direção. A profª Madeselva até chegou com este discurso, que aos poucos foi se transformando ao ponto de ela própria dizer “que nunca haveria eleições para Diretor Geral do Colégio Estadual do Paraná”, argumentando que o governo precisa de “alguém de confiança” para administrar uma instituição do porte do CEP, que recebe muitas verbas. Nas entrelinhas da fala da profª Madselva, ninguém, nenhum professor ou funcionário de nossa escola, seria “confiável” na visão do Governo do Estado. Mas nós, ao contrário, confiamos o nosso voto a este governo. A falta de confiança da diretora Madselva nos professores e funcionários se comprovou mais ainda com a sua forma de administrar: autoritária, unilateral. Não era o que esperávamos da parte de alguém que sempre se destacou por sua luta pela democracia na educação.
Nossa causa é justa: QUEREMOS DEMOCRACIA, algo que só se efetivará a partir da mudança da Lei 14231/2003 que atualmente impede que haja eleições diretas para a direção do Colégio Estadual do Paraná. Mas nossa luta é absolutamente injusta do ponto de vista da disparidade de forças, pois lutamos contra todo o aparato do Estado, que está sendo utilizado “com muita eficiência” pela profª Madselva que não tem medido esforços para se manter no poder: professores, funcionários sendo perseguidos, filmados pela P2 e processados administrativamente, difamados através da TV Paraná Educativa que tem mostrado apenas o lado do Governo. A profª Madselva diz que toda a nossa “revolta” é pelo fato de ela ter implantado o uso do livro ponto. A ela respondemos que o livro ponto do bom profissional é a sua aula dada.
Paulo Freire defende na sua Pedagogia do Oprimido a “ética que condena acusar por ouvir dizer, afirmar que alguém falou A sabendo que foi dito B, falsear a verdade, iludir o incauto, golpear o fraco e indefeso, soterrar o sonho e a utopia, prometer sabendo que não cumprirá a promessa, testemunhar mentirosamente, falar mal dos outros pelo gosto de falar mal”. Esta é a realidade na qual se baseiam os processos administrativos contra 10 (dez) professores, comprovadamente comprometidos com o ensino público de qualidade (Denílson, Elena e Cleusa – História; Malu, Camila, Dulce – Português; Geibe e Edilene – Química; Wanderley – Filosofia; Leisa – Geografia). Estamos indignados sim, mas com a falta de coerência de pessoas que teoricamente defendem a democracia, mas que têm uma prática muito distante de qualquer princípio que possa ser considerado propriamente democrático. Voltando a Paulo Freire, “posso não aceitar a concepção pedagógica deste ou daquela autora e devo inclusive expor aos alunos as razões por que me oponho a ela, mas o que não posso, na minha crítica, é mentir”.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

AL tenta diálogo entre Seed e alunos

Alunos, pais e professores do Colégio Estadual do Paraná (CEP) tentam reestebelecer diálogo com Secretaria de Estado da Educação (Seed). Para isso, se reuniram ontem com o presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, deputado Péricles de Melo (PT). O grupo, que esteve na reunião, quer que o parlamentar auxilie na tentativa de solução da crise.
De acordo com o deputado, o objetivo da interferência da Comissão de Educação da Assembléia é tentar apaziguar o conflito. Ele disse que uma reunião com a Seed deve ser marcada para a próxima semana. “Tentaremos negociar sobre os processos administrativos contra os professores (inclusive sobre a professora que foi novamente afastada); discutiremos a proposta de alteração na legislação do colégio sobre os ajustes no processo de eleição para diretores. Enfim, vamos tentar encontrar solução para essa crise que se estabeleceu”, afirma.
De acordo com o grêmio estudantil do CEP, a reunião foi marcada com o deputado para tentar reabrir o canal de negociação com a secretaria. Além de insistirem para que o processo de eleição de diretores seja mudado para escolha direta, com participação de toda comunidade escolar -, eles reclamam que “não tem mais clima de trabalho com a direção”. “Agora está insuportável, tanto para os professores, quanto para os alunos”, comentam.
Ainda segundo um representante dos alunos, que preferiu não se identificar, outra reclamação é quanto à desorganização do fechamento das notas. “Eles fecharam o ano e pronto. Não comunicaram nada. Ontem era para ser feita a recuperação e foi um tumulto. Está tudo desorganizado. Algo precisa ser feito para resolver essa situação”, comenta o estudante.
AusênciaNa reunião, segundo o parlamentar, a presença da diretora do CEP, Maria Madselva Ferreira Feiges, era aguardada, mas esta não compareceu. A equipe de reportagem de O Estado procurou a diretora para que ela esclarecesse a ausência na reunião e a situação de crise. Porém, a equipe de Madselva informou que ela ficou em reunião, durante toda a tarde, e, por isso, não pôde atender.

DIRETORA AUTORITÁRIA CAUSA REVOLTA NO MAIOR COLÉGIO PÚBLICO DO PARANÁ11

11.12.2007
O Colégio Estadual do Paraná (CEP) é remanescente da época em que o Estado mantinha escolas públicas de alto nível nas quais se formavam os futuros dirigentes e pensadores da nação. Com 5.000 alunos e 161 anos de história, é a maior e mais antiga escola do estado.No entanto, tanto sua fama quanto o seu enorme prédio-museu (que parece mais uma universidade, possui piscinas olímpicas, teatros e até mesmo um planetário) são apenas a casca vazia de uma escola que, cada vez mais, tem sua estrutura e seu propósito de formação destruídos juntamente com o ensino público do país.Neste ano, o secretário estadual da educação, Maurício Requião (irmão do governador populista do estado, Roberto Requião – PMDB), nomeou uma nova diretora à escola, a pedagoga Maria Madselva Ferreira Feiges. E, sob a máscara de “defensora da causa do ensino público”, a nova diretora revelou seu total desprezo por qualquer democracia que pudesse haver na instituição, decretando normas autoritárias e mostrando que veio a serviço de um novo tipo de administração.“Projeto político-pedagógico” = repressão“Emancipador. É obvio! É óbvio porque, ao falar em Escola Pública, há uma referência implícita ao conceito, ou porque já se descobriu que o óbvio não é fácil e que exige superação da ideologia burguesa e do senso comum. (...) Neste sentido a construção coletiva do Projeto Político–Pedagógico da Escola Pública cumpre sua função emancipadora...” (FEIGES, Maria M. F. Repensando o Projeto Político–Pedagógico da Escola Pública: emancipador ou educação por excelência?)Apesar do discurso “emancipador”, a administração que a nova diretora-sofista preza segue fielmente a cartilha da destruição das escolas e da retirada de direitos de professores e estudantes. Algumas das medidas de Madselva incluem decretar o uso de livro-ponto aos professores e transferir metade das inspetoras do colégio para o serviço de limpeza! Desprezando a avaliação dos professores, a diretora também “revogou” a reprovação de diversos alunos via ato administrativo, e criticou o índice de reprovados (visando tornar a escola mais “eficiente” ao se livrar com mais rapidez dos alunos). Diante de algumas manifestações de discordância por parte de professores, ela não se intimidou e passou a vigiá-los e afastar alguns de cargos, culminando com a suspensão de 30 dias imposta a 2 professores e a exoneração de 4 funcionários. Disse a diretora, eliminando qualquer direito ao contraditório dentro da escola: “A partir do momento que se posicionaram contra mim, deveriam ter pedido demissão e, como isso não aconteceu, eu preferi afastá-los".Os alunos chegaram a explodir uma bomba em um dos banheiros, mas a resposta que receberam da diretora foi além dos limites do autoritarismo: ela proibiu o uso de banheiros no colégio!Em novembro, tudo isso culminou com a revolta dos estudantes, que se recusaram a entrar nas aulas e organizaram paralisações com professores e funcionários. As reivindicações se focaram no afastamento imediato da burocrata e na exigência de eleições diretas para diretor, sendo o CEP a única escola pública (com exceção das escolas militares e religiosas) do Paraná que tem seu diretor nomeado ao invés de eleito pela comunidade.Mas, para conter a revolta e manter seu cargo, a burocrata fez uso de cada vez mais repressão. Professores e estudantes são ameaçados, muitos têm suas aulas observadas para garantir que não discutam essas questões “políticas” nelas, os inspetores estão fotografando abertamente os “suspeitos”, policiais à paisana acompanham as movimentações e a televisão do estado, junto com a Secretaria de Educação e até o Ministério Público apelaram aos pais de alunos que mandassem seus filhos de volta às aulas. No dia 7 de novembro, em uma paralisação, a polícia algemou dois alunos que acionaram um extintor de incêndio e os levou no camburão, jogando o veículo sobre os estudantes que tentaram impedir a prisão. Justamente por isso, em contraste com seu passado “pomposo”, o CEP serve como símbolo da ruína em que se encontram as escolas públicas hoje. Ruínas estas que só se impõem sob forte repressão e autoritarismo de burocratas como a diretora Madselva. Se o movimento agora foi abafado graças a todo aparato repressivo e ideológico da direção e do governo, os estudantes mobilizados apontaram para o futuro ao questionar o poder na escola: deveriam seus rumos ser decididos pela maioria (estudantes, professores e funcionários) ou por uma única burocrata autoritária?

sábado, 8 de dezembro de 2007

CARTA PÚBLICA DOS DOCENTES DO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Após tomar conhecimento pela imprensa escrita e televisionada de fatos ocorridos no Colégio Estadual do Paraná, bem como, de outros documentos relativos às reivindicações de professores e alunos do CEP que foram trazidos à Plenária Departamental ocorrida em 28 de novembro de 2007, a unanimidade dos docentes presentes na Plenária manifestam publicamente sua compreensão de que os acontecimentos no CEP caracterizam um estado de crise na gestão político-pedagógica e administrativa da Instituição; que essa crise precisa ser superada para que o CEP como escola pública cumpra efetivamente a sua função social e oferecer ensino e aprendizagem dos conhecimentos científicos e culturais acumulados pela humanidade em um ambiente ético, democrático e respeitoso; que o CEP deve se caracterizar por um espaço onde se cultive o “pluralismo de idéias e concepções pedagógicas”, o “respeito à liberdade e apreço à tolerância”, a “valorização do profissional da educação escolar”, seja ele pedagogo, docente, técnico ou em quaisquer outras funções dentro do ambiente escolar e a “gestão democrática do ensino público”, tal como define a Lei 9394/96. Entendem ainda os signatários deste documento que o cumprimento dessas definições legais é incompatível com um ambiente onde a atual crise de gestão político-pedagógica e administrativa no CEP é materializada entre outros fatos pela violação de direitos ao trabalho e ao exercício da função educativa e didático-pedagógica, motivadas estritamente por perseguições político-ideológicas, caracterizando-se pelo afastamento arbitrário de professores de suas funções de docência em meio ao semestre letivo, demissão arbitrária de funcionários sem justa causa, além do inconcebível ato do emprego do aparato policial de repressão contra as manifestações políticas dos estudantes, na qual pelo menos um estudante adolescente foi algemado no interior do CEP e levado para Delegacia. Com base nestas informações e entendimento, os signatários apelam ao bom senso das autoridades para que se estabeleçam as condições reais com pessoas que que efetivamente possam garantir o diálogo visando a superação da crise de gestão político-pedagógica e administrativa no CEP e venha a se instalar um processo democrático no CEP, como uma escola pública voltada para a formação cidadã e ainda apelam pela democracia no CEP, onde orgulhosamente alguns de nós estudamos, onde um grande número de alunos da Graduação e Pós-graduação em História estudaram, e onde um grande número de alunos de Graduação em História realizam seus estágios de formação pedagógica. Curitiba, 28 de novembro de 2007.José Roberto Braga Portella (chefe do Departamento); Ana Paula Vosne Martins; Andréa Carla Doré; Antonio César de Almeida Santos; Aruanã Antonio do Passos; Carlos Alberto Medeiros Lima; Carlos Roberto Antunes dos Santos; Dennison de Oliveira; Fátima Regina Fernandes Frighetto; Judite Maria Barboza Trindade; Luiz Geraldo Santos da Silva; Marcella Lopes Guimarães; Maria Luiza Andreazza; Marionilde Dias Brepohl de Magalhães; Renan Frighetto; Renata Senna Garraffoni; Roseli Terezinha Boschilia; Sérgio Odilon Nadalin e a representante discente Camila Chueire Caldas.

NOTA DE ESCLARECIMENTO PARA TODOS OS QUE TRABALHAM NO COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ

À Direção Geral, Professores, Funcionários e Alunos do Colégio Estadual do Paraná:

Venho manifestar, por meio desta, minha indignação quando assisti hoje pela manhã à reprise do Programa da TV Educativa, canal 9, que foi ao ar no dia 22 de novembro, à noite. Neste programa, estavam presentes dois alunos do 4º ano do curso Técnico em Edificações, que afirmaram sentirem-se prejudicados por não estarem tendo aulas no período noturno. No exato momento em que eles estavam dando este depoimento na TV, eu estava aplicando uma avaliação exatamente no 4ºTE.
Esta turma, 4ºTE, é bastante faltosa. Normalmente em véspera de feriado, os alunos simplesmente faltam, sem qualquer justificativa. Prova disso foram as faltas coletivas que eles receberam nos dias 13 e 14 de novembro últimos, registradas no meu livro de chamada, à disposição na sala dos professores, para quem quiser comprovar. Nos dias 13 e 14 eu lecionei normalmente em todas as turmas, porque havia alunos, mas quando cheguei à sala do 4º TE, não havia aluno algum. Esperei durante uns vinte minutos dentro da sala e em seguida me dirigi à sala dos professores para comentar com a Cândida e com a inspetora de corredor a ausência dos alunos. Dei falta para todos e registrei conteúdo. Aliás, a prova que apliquei no dia 22 à noite era para ter sido aplicada no dia 13, um dos dias em que os alunos simplesmente não apareceram.
Quero reafirmar o meu descontentamento em relação à situação na qual fui colocada no depoimento dos alunos, ao afirmarem que não estavam tendo aulas e estavam sentindo-se prejudicados. Eu assim como todos os professores com os quais convivo diariamente neste estabelecimento de ensino estamos cumprindo as nossas obrigações, dando nossas aulas, ensinando os conteúdos programados, aplicando nossas avaliações normalmente. Alguns alunos do noturno estão se aproveitando das manifestações divulgadas na mídia para faltar às aulas e acusam os professores de não estarem dando aulas. Isto não está certo!
Agora, eu pergunto à Direção Geral, que justificativa legal estes dois alunos, cujos nomes não irei citar, alegarão para poderem ter o direito de fazer a segunda chamada da avaliação perdida no dia 22 de novembro?
A Direção Geral não poderia ter permitido que alunos do noturno faltassem às aulas para participarem de um programa de televisão.

Respeitosamente a todos os meus colegas de trabalho,

Professora Andréa G. Zelaquett
Língua Portuguesa e Literatura Curitiba, 23 de novembro de 2007.

REPÚDIO DA APP SINDICATO NÚCLEO SINDICAL DE FOZ DO IGUAÇU

MOÇÃO DE APOIO À LUTA AOS ESTUDANTES E TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ - CEP E REPÚDIO À SEED. Os participantes do II Congresso Regional da APP-Sindicato - Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu, realizado no dia dezessete de novembro do corrente ano, vem por meio deste se solidarizar à luta dos estudantes e trabalhadores em educação do CEP, que vem desempenhando uma árdua luta contra as medidas autoritárias adotadas pela Direção do Colégio Estadual, que de forma geral contrariam os princípios da gestão democrática. Coerentes com os princípios que defendemos da democratização dos espaços escolares, reiteramos total apoio à luta pela eleição direta para diretor (a) do CEP, considerando que este é o único Colégio do Estado do Paraná em que a comunidade escolar não pode escolher a Direção. Repudiamos ainda todas as medidas coercitivas da SEED aplicadas contra os trabalhadores e estudantes daquele estabelecimento, bem como, a ação da Patrulha Escolar, que mais uma vez atuam de forma violenta dentro do ambiente escolar, violando o direito à livre manifestação de estudantes e trabalhadores. II Congresso Regional da APP-Sindicato-Foz do Iguaçu-PR Foz do Iguaçu, 17 de novembro de 2007.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

NOTA DE ESCLARECIMENTO PARA TODOS OS QUE TRABALHAM NO COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ

À Direção Geral, Professores, Funcionários e Alunos do Colégio Estadual do Paraná:

Venho manifestar, por meio desta, minha indignação quando assisti hoje pela manhã à reprise do Programa da TV Educativa, canal 9, que foi ao ar no dia 22 de novembro, à noite. Neste programa, estavam presentes dois alunos do 4º ano do curso Técnico em Edificações, que afirmaram sentirem-se prejudicados por não estarem tendo aulas no período noturno. No exato momento em que eles estavam dando este depoimento na TV, eu estava aplicando uma avaliação exatamente no 4ºTE.
Esta turma, 4ºTE, é bastante faltosa. Normalmente em véspera de feriado, os alunos simplesmente faltam, sem qualquer justificativa. Prova disso foram as faltas coletivas que eles receberam nos dias 13 e 14 de novembro últimos, registradas no meu livro de chamada, à disposição na sala dos professores, para quem quiser comprovar. Nos dias 13 e 14 eu lecionei normalmente em todas as turmas, porque havia alunos, mas quando cheguei à sala do 4º TE, não havia aluno algum. Esperei durante uns vinte minutos dentro da sala e em seguida me dirigi à sala dos professores para comentar com a Cândida e com a inspetora de corredor a ausência dos alunos. Dei falta para todos e registrei conteúdo. Aliás, a prova que apliquei no dia 22 à noite era para ter sido aplicada no dia 13, um dos dias em que os alunos simplesmente não apareceram.
Quero reafirmar o meu descontentamento em relação à situação na qual fui colocada no depoimento dos alunos, ao afirmarem que não estavam tendo aulas e estavam sentindo-se prejudicados. Eu assim como todos os professores com os quais convivo diariamente neste estabelecimento de ensino estamos cumprindo as nossas obrigações, dando nossas aulas, ensinando os conteúdos programados, aplicando nossas avaliações normalmente. Alguns alunos do noturno estão se aproveitando das manifestações divulgadas na mídia para faltar às aulas e acusam os professores de não estarem dando aulas. Isto não está certo!
Agora, eu pergunto à Direção Geral, que justificativa legal estes dois alunos, cujos nomes não irei citar, alegarão para poderem ter o direito de fazer a segunda chamada da avaliação perdida no dia 22 de novembro?
A Direção Geral não poderia ter permitido que alunos do noturno faltassem às aulas para participarem de um programa de televisão.

Respeitosamente a todos os meus colegas de trabalho,

Professora Andréa G. Zelaquett
Língua Portuguesa e Literatura
Curitiba, 23 de novembro de 2007.

REPÚDIO DA APP SINDICATO NÚCLEO SINDICAL DE FOZ DO IGUAÇU

MOÇÃO DE APOIO À LUTA AOS ESTUDANTES E TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ - CEP E REPÚDIO À SEED. Os participantes do II Congresso Regional da APP-Sindicato - Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu, realizado no dia dezessete de novembro do corrente ano, vem por meio deste se solidarizar à luta dos estudantes e trabalhadores em educação do CEP, que vem desempenhando uma árdua luta contra as medidas autoritárias adotadas pela Direção do Colégio Estadual, que de forma geral contrariam os princípios da gestão democrática. Coerentes com os princípios que defendemos da democratização dos espaços escolares, reiteramos total apoio à luta pela eleição direta para diretor (a) do CEP, considerando que este é o único Colégio do Estado do Paraná em que a comunidade escolar não pode escolher a Direção. Repudiamos ainda todas as medidas coercitivas da SEED aplicadas contra os trabalhadores e estudantes daquele estabelecimento, bem como, a ação da Patrulha Escolar, que mais uma vez atuam de forma violenta dentro do ambiente escolar, violando o direito à livre manifestação de estudantes e trabalhadores.

II Congresso Regional da APP-Sindicato-Foz do Iguaçu-PR Foz do Iguaçu, 17 de novembro de 2007.

CARTA PÚBLICA DOS DOCENTES DO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Após tomar conhecimento pela imprensa escrita e televisionada de fatos ocorridos no Colégio Estadual do Paraná, bem como, de outros documentos relativos às reivindicações de professores e alunos do CEP que foram trazidos à Plenária Departamental ocorrida em 28 de novembro de 2007, a unanimidade dos docentes presentes na Plenária manifestam publicamente sua compreensão de que os acontecimentos no CEP caracterizam um estado de crise na gestão político-pedagógica e administrativa da Instituição; que essa crise precisa ser superada para que o CEP como escola pública cumpra efetivamente a sua função social e oferecer ensino e aprendizagem dos conhecimentos científicos e culturais acumulados pela humanidade em um ambiente ético, democrático e respeitoso; que o CEP deve se caracterizar por um espaço onde se cultive o “pluralismo de idéias e concepções pedagógicas”, o “respeito à liberdade e apreço à tolerância”, a “valorização do profissional da educação escolar”, seja ele pedagogo, docente, técnico ou em quaisquer outras funções dentro do ambiente escolar e a “gestão democrática do ensino público”, tal como define a Lei 9394/96. Entendem ainda os signatários deste documento que o cumprimento dessas definições legais é incompatível com um ambiente onde a atual crise de gestão político-pedagógica e administrativa no CEP é materializada entre outros fatos pela violação de direitos ao trabalho e ao exercício da função educativa e didático-pedagógica, motivadas estritamente por perseguições político-ideológicas, caracterizando-se pelo afastamento arbitrário de professores de suas funções de docência em meio ao semestre letivo, demissão arbitrária de funcionários sem justa causa, além do inconcebível ato do emprego do aparato policial de repressão contra as manifestações políticas dos estudantes, na qual pelo menos um estudante adolescente foi algemado no interior do CEP e levado para Delegacia. Com base nestas informações e entendimento, os signatários apelam ao bom senso das autoridades para que se estabeleçam as condições reais com pessoas que que efetivamente possam garantir o diálogo visando a superação da crise de gestão político-pedagógica e administrativa no CEP e venha a se instalar um processo democrático no CEP, como uma escola pública voltada para a formação cidadã e ainda apelam pela democracia no CEP, onde orgulhosamente alguns de nós estudamos, onde um grande número de alunos da Graduação e Pós-graduação em História estudaram, e onde um grande número de alunos de Graduação em História realizam seus estágios de formação pedagógica.

Curitiba, 28 de novembro de 2007.

José Roberto Braga Portella (chefe do Departamento); Ana Paula Vosne Martins; Andréa Carla Doré; Antonio César de Almeida Santos; Aruanã Antonio do Passos; Carlos Alberto Medeiros Lima; Carlos Roberto Antunes dos Santos; Dennison de Oliveira; Fátima Regina Fernandes Frighetto; Judite Maria Barboza Trindade; Luiz Geraldo Santos da Silva; Marcella Lopes Guimarães; Maria Luiza Andreazza; Marionilde Dias Brepohl de Magalhães; Renan Frighetto; Renata Senna Garraffoni; Roseli Terezinha Boschilia; Sérgio Odilon Nadalin e a representante discente Camila Chueire Caldas.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Esclarecimento às Famílias do Colégio Estadual do Paraná e à sociedade paranaense

Em fevereiro deste ano, quando a professora Maria Madselva Ferreira Feiges chegou ao Colégio Estadual do Paraná, foi recebida com muita alegria e esperança pelos professores e funcionários da escola. Porém, à medida que o tempo foi passando, foi se tornando evidente a incoerência e o autoritarismo da Diretora Geral, o que gerou uma crise sem precedentes na gestão político-pedagógica e administrativa da escola. Os maiores problemas foram causados pela intolerância às opiniões divergentes, pela desvalorização constante de professores e funcionários comprovadamente comprometidos com o ensino público de qualidade, pela desarticulação do projeto político pedagógico já existente na escola, pela intransigência da Diretora Geral. Desde que a profª Madselva assumiu a direção do colégio, no início deste ano, o Regimento Escolar não está sendo respeitado, pois o que predomina é a vontade da Direção Geral. A escola pública tem por princípio a gestão democrática que está prevista na LDB (Lei de Diretrizes e Base da Educação) e na Constituição Federal. A gestão democrática, por sua vez, pressupõe o respeito do diretor, eleito ou não, a algumas instâncias deliberativas: Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil. Destas, a mais importante é o Conselho Escolar que é constituído por representantes de todos os segmentos da escola. Simplesmente não houve reuniões do Conselho Escolar do Colégio Estadual do Paraná, como instância consultiva e deliberativa, desde que a profª Madselva assumiu, até o dia 24 de outubro. Quando houve convocação, foi apenas para referendar decisões tomadas pela Diretora Geral.
Depois de esgotadas todas as tentativas de diálogo , a última delas em reunião realizada em 25/10/2007, nos três turnos, foi elaborada uma carta denúncia com os itens que foram apresentados na reunião. No dia 30/10/2007, o documento foi entregue ao Secretário de Estado da Educação por uma comissão de professores, pais, alunos e funcionários. No dia 05/11, o Secretário de Educação esteve no CEP falando com a Diretora Geral e, ao ser procurado por uma comissão de professores com nove representantes do corpo docente, pedindo para que ele agendasse uma reunião para os ouvir, alegou que somente o faria através da profª Madselva, a principal responsável pelos problemas denunciados.
O movimento contra o autoritarismo começou na terça-feira, dia 06/11, no turno da manhã, quando a profª Madselva fez a entrega de uma moto sorteada pela comissão de formatura. Os alunos questionaram a diretora sobre os critérios de avaliação e recuperação de estudos que têm barateado a qualidade da educação do CEP, sobre a perseguição e desvalorização de professores e funcionários. A profª Madselva, diante de uma platéia de aproximadamente 1700 alunos, não respondeu às questões e ainda deu as costas aos estudantes dizendo que “não ia se rebaixar ao nível deles”. Daquele momento em diante, eles se recusaram a entrar nas suas respectivas salas até que tivessem as respostas que tanto esperavam. Na quarta-feira, dia 07/11, a Diretora voltou ao pátio durante o intervalo da manhã, naquele momento acompanhada pela profª Sheila Marize Toledo Pereira, chefe do Núcleo de Educação de Curitiba, e novamente se desentendeu com os alunos que deram prosseguimento aos protestos, a partir dali com um novo propósito: FORA, MADSELVA. Nesse dia, professores e funcionários, mesmo diante das ameaças de processo administrativo e demissão, encheram o peito de coragem e somaram forças com os alunos que, afinal, estavam numa luta por democracia. Enquanto os alunos protestavam, professores, pais, funcionários eram ouvidos pela profª Yvelize ArcoVerde, Superintendente da SEED, numa tentativa de resolver o impasse. Foi marcada uma reunião de negociação para o dia 14/11/2007, na SEED, na qual o Secretário informou que a Diretora seria mantida e marcou nova reunião, para o dia 22/11, o que acabou não ocorrendo.
Apesar de insistentes pedidos de pais, professores e funcionários, a APMF se recusa a convocar uma reunião para esclarecer o que realmente está acontecendo na escola. O presidente do Grêmio Estudantil recusa-se a defender os interesses da maior parte dos estudantes do Colégio Estadual do Paraná.
Desde a semana passada, estudantes e professores estão em sala de aula. Não há mais negociação por parte da SEED. Muitos profissionais do Núcleo de Educação de Curitiba estão na escola. Continuam as ameaças, professores, funcionários e alunos vigiados, muitos estudantes menores sendo filmados e fotografados para se identificar os líderes, novos processos contra professores e alunos sendo anunciados. Mas é importante frisar que os nossos estudantes deram uma verdadeira AULA DE CIDADANIA para a sociedade paranaense. Desorganizados? Talvez, mas preferiram não aceitar ajuda de politiqueiros de plantão, especialistas em organizar manifestações. Sabemos que houve aqueles que participaram sem muita consciência e até se excederam em alguns momentos. Mas a estatística neste caso é muito pouco significativa diante da maioria esmagadora daqueles que deram um banho de maturidade, de equilíbrio, mesmo diante de provocações e ostensivo desrespeito.
Diferente de alguns textos apócrifos, ou seja, sem assinatura alguma, que foram enviados às casas dos estudantes do Colégio Estadual do Paraná para tentar responsabilizar alguns professores e funcionários pelos episódios das últimas semanas, assinamos e nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos aqui relatados.

Professores, pais, funcionários e alunos que pedem a substituição da profª Maria Madselva Ferreira Feiges e eleições diretas para o cargo de Direção Geral do CEP