domingo, 30 de março de 2008

A quem devemos conhecer?

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Leiam também Recreação (IN)conseqüente:

http://roccoorrocko.blogspot.com/

Os alunos do C.E.P. não estão sós!

sábado, 29 de março de 2008

A educação de qualidade está de luto!

Lamentavelmente, informamos a morte do professor Gildásio de Oliveira, no dia 29/03/2008,às 4h da manhã. Um apaixonado pela educação de qualidade, cujo compromisso e ética sempre nortearam sua prática pedagógica. O professor Gil, como era carinhosamente chamado, conhecia bem a função social da escola, principalmente da escola pública. Descanse em paz, querido amigo!


Gazeta do Povo
24/03/2008
Coluna/ Celso Nascimento

Terror na escola 1 - Permanece o clima de terror no Colégio Estadual do Paraná. Ex-professores e ex-alunos que participaram no ano passado dos protestos contra a diretora escolhida pelo secretário Maurício Requião, Maria Madselva Feiges, estão proibidos de entrar no estabelecimento.

Terror na escola 2 - Pelo menos dez professores estão respondendo a processos administrativos e já recorreram à Justiça para barrar as ameaças de demissão do serviço público que estão recebendo. Outros 15 foram informados, por telefone, de que foram colocados à disposição da secretaria da Educação e não devem retornar ao CEP. Pelo menos duas dezenas de mestres, vítimas de assédio moral e depressão, simplesmente pediram licença alegando motivo de saúde.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Para entender um pouco melhor a prática pedagógica da MAD

CURCEP: Uma instituição educacional tem por dever primordial preparar seus alunos para o vestibular/mercado de trabalho. Ao oferecer um curso pré-vestibular, contradiz todo o trabalho pedagógico do colégio (trecho da carta oficial 002/2008, GECEP).

A Madselva consegue se superar. O novo diretor auxiliar da escola, turno da manhã, escolhido por ela, é o prof. Josué Borba, um dos maiores defensores do CURCEP, um dos idealizadores dos aulões do ENEM para alunos das escolas públicas (principalmente do CEP) e um dos que mais se beneficiou com esses aulões. Além de tudo isso, o professor em questão, nas reuniões pedagógicas em que estava o grande grupo, discutindo os problemas pedagógicos e propondo soluções, quase nunca conseguia ficar mais que 10 (dez) minutos.


(e-mail recebido de um professor)

Notícia sobre o projeto das eleições diretas para o CEP

Acompanhe a tramitação sobre projeto pede eleições diretas para o Colégio Estadual do Paraná.
1- projeto de lei nº. 825/07 2 - No dia 26 de fevereiro de 2008, foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça o projeto de lei nº. 825/07 que prevê eleições diretas para o cargo de diretor do Colégio Estadual do Paraná. Dos doze membros, somente o líder do governo deputado Luis Cláudio Romanelli, votou contra.
3- No dia 6 de março a Comissão de Educação da Assembléia Legislativa aprovou o projeto por unanimidade, ratificando o parecer favorável da CCJ. 4 - No dia 10 de março o projeto foi entregue ao presidente da Casa de Leis, Nelson Justus, a quem cabe agendar o projeto para ser votado em plenário. 5. O projeto aguarda ainda decisão do presidente da Assembléia, que tem um prazo de até 30 dias para enviar ao plenário.
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terça-feira, 11 de março de 2008

Vagas não preenchidas

Alguns alunos do Grêmio fizeram um levantamento das salas ociosas nas escolas de 5ª a 8ª próximas do CEP: prof. Brandão, Tiradentes e Zacarias. Sabem quantas vagas estão SOBRANDO nessas escolas? 520 (quinhentos e vinte ). Quantos alunos fizeram o teste seletivo para o 1º ano do Ensino Médio e ficaram fora do CEP, por falta de vaga? Mais de 2000! É preciso dizer mais alguma coisa? (Confira o interessantíssimo comentário abaixo)

Manifestação

Estava prevista uma manifestação para o dia 10/03, das 12:30 as 13, porém muitas turmas foram dispensadas mais cedo, com a alegação de que haveria uma briga de torcidas no final das aulas. Ao sair, havia carros da polícia com as luzes ligadas, estrategicamente posicionados.
Alguém ainda tem dúvidas do que realmente ocorreu?

Onde anda a professora Malu

Tenho recebido vários e-mails perguntando sobre o que aconteceu com a professora Malu. Ela foi remanejada para a escola Pietro Martinez e Hildebrando de Araújo, apesar de ser lotada no Colégio Estadual do Paraná. Seus advogados recorreram à justiça para reverter mais esta situação injusta e ILEGAL. Vamos aguardar.

sábado, 8 de março de 2008

Ensino Fundamental no CEP

Argumentos consistentes contra o Ensino Fundamental no Colégio Estadual do Paraná

Desde o início dos anos 90 não existe Ensino Fundamental no CEP e a escola se especializou em trabalhar com o Ensino Médio, oferecendo uma educação de qualidade para pessoas de todos os bairros de Curitiba e da Região Metropolitana. Durante as quase duas últimas décadas houve um grande investimento público no sentido de equipar a escola com uma infra-estrutura voltada para essa modalidade de ensino: laboratórios de Física, Química e Biologia, entre outras coisas. Somente neste ano 160 jovens que participaram do teste seletivo deixarão de ter a oportunidade de usufruir destes laboratórios, que ficarão ociosos em vários horários, pois a grade curricular de 5ª a 8ª não tem estas matérias. Sabendo que os laboratórios do CEP são melhores do que os de muitas escolas particulares e que a maioria das escolas públicas não têm a infra-estrutura oferecida pelo CEP, perguntamos: é justa e racional esta decisão?
Com um número maior de séries oferecidas, menos pessoas poderão ter o direito de estudar no Colégio Estadual do Paraná, no Ensino Médio. Com o Ensino Médio de 3 anos era possível a entrada na escola de pelo menos 1500 novos alunos por ano. Aumentando mais quatro séries proporcionalmente ao número de alunos, esse número cai em mais ou menos 60%, ou seja, entrarão no CEP apenas 600 alunos de Ensino Médio por ano. São cerca de 1500 alunos por série. Três séries do Ensino Médio dá um total de 4500 alunos. Se o projeto da Madselva for aumentar as turmas de EF na mesma proporção de alunos do Ensino Médio serão 4 séries a mais. 4500 alunos divididos por 7 séries (de 5ª do EF ao 3º EM) vai dar um total de 643 alunos por série. E qual será o critério para o aluno entrar na 5ª série? Ele possui maturidade para prestar um teste seletivo? Ou será apenas morar no centro ou ter dinheiro para pagar transporte particular? É esta é a escola democrática de que a Profª Madselva tanto falava que, ao invés de democratizar o acesso, torna mais difícil a entrada de alunos das classes populares? Se o critério for análise curricular, boletim, não estarão mais uma vez sendo privilegiados os alunos que vêm das escolas particulares?
A procura pelo ensino de qualidade do Colégio Estadual do Paraná tem crescido a cada ano. São alunos que moram, na sua maioria, distantes do CEP oriundos das classes média e baixa. A grande maioria destes alunos não teria condições de ingressar no CEP desde a 5ª série em virtude da dificuldade de transporte. Só conseguem vir ao colégio no centro de Curitiba porque gozam de uma certa independência para poderem se deslocar sozinhos, utilizando o transporte coletivo. Os alunos de Ensino Fundamental precisariam de transporte particular, pago pelos pais. O Ensino Fundamental vai contemplar apenas os filhos daqueles que podem pagar transporte particular ou daqueles que moram no centro, no entorno do CEP. Ter Ensino Fundamental no Colégio Estadual do Paraná significa, portanto, elitizar a escola: quem não pode pagar transporte ou não mora no centro não pode ali estudar!
Existem várias escolas próximas ao CEP que oferecem Ensino Fundamental de qualidade, pela competência e empenho dos seus professores, pedagogos e funcionários. Nessas escolas, as suas turmas têm diminuído ano a ano por falta de alunos (Prof. Brandão, Tiradentes, Zacarias, Pietro Martinez).A oferta de vagas para 5ª a 8ª só vem agravar esta situação. Com o passar do tempo, estas escolas serão fechadas?
Em 2003 este assunto foi discutido em Assembléia de Professores que, com a exceção dos de Educação Física, todos votaram contra o Ensino Fundamental no Colégio Estadual do Paraná. A proposta dos professores de Educação Física de retorno do Ensino Fundamental se baseava no argumento de que nesta idade é melhor para se “formar atletas”. Do que o Brasil realmente precisa? De bons atletas que são usados depois para o governo fazer propaganda política, ou de bons médicos, advogados, engenheiros, professores, enfim, pessoas críticas e bem formadas para ajudar na construção de um país melhor? (O que não exclui a possibilidade de se tornarem bons atletas)
O número de alunos do Colégio Estadual do Paraná aprovados no vestibular da UFPR é muito grande e tem aumentado todos os anos. Isso graças ao trabalho de qualidade que a estrutura da escola, voltada para o Ensino Médio, permite fazer. Menos vagas para a entrada de novos alunos significa proporcionalmente menos vagas conquistadas na UFPR pelos alunos do CEP, principalmente para aqueles que não têm condições de pagar um bom cursinho. Adianta se criar cotas para alunos de escolas públicas, se não se oferecer a eles condições de permanecer, em igualdade de condições com aqueles que saem das escolas particulares?

Com base nestes argumentos pode-se concluir que o retorno do Ensino Fundamental significa uma volta no tempo, à época em que o Sr. Governador do Estado Roberto Requião e seus irmãos Secretários de Estado estudaram por lá. Significa o retorno para uma escola elitista onde apenas os filhos das elites econômicas paranaenses tinham o privilégio de estudar no Colégio Estadual do Paraná. Sem dúvidas, é um privilégio estudar no CEP, mas um privilégio que atualmente muitos, ainda que vindos de famílias menos favorecidas economicamente, podem alcançar. Se o teste seletivo era injusto, pelo menos o acesso dos alunos que entram na escola por meio dele é baseado num certo “mérito”. Acontece que a entrada de alunos de 5ª a 8ª série que moram no centro ou que podem pagar transporte particular vai possibilitar o acesso ao Colégio Estadual do Paraná baseado principalmente no mérito econômico.

segunda-feira, 3 de março de 2008

e-mail enviado aos deputados pela professora Malu

Curitiba, 28 de fevereiro de 2008
Nobres deputados, sou a professora Maria Luíza Moreira da Rocha Diniz Lacerda. Trabalho no Colégio Estadual do Paraná desde 1998, mas sou aposentada como Diretora Geral do Colégio Estadual Professor Rousset, em Sete Lagoas, MG,(escola em que trabalhei durante 22 anos, primeiro como professora e depois como diretora), cargo para o qual fui concursada e eleita, três mandatos consecutivos. Fui também presidente de um Colegiado de Diretores, representando a 36ª Superintendência Regional de Ensino (MG), também eleita para três mandatos consecutivos. O objetivo deste Colegiado era contribuir para a democratização efetiva da gestão pública e participar das decisões da SEED numa busca constante da melhoria da escola pública. Aposentei-me, quando ainda vigorava a Constituição anterior, vim para o Paraná e fiz novo concurso público. Sou professora QPM, lotada no CEP. Nunca fui filiada a nenhum partido político, mas sempre estive a serviço da mais legítima política: a incansável busca de caminhos que permitam à escola pública cumprir DE FATO a sua função social.
No Colégio Estadual do Paraná, fui eleita diretora auxiliar, responsável pelo turno da tarde, cargo que ocupei de dezembro/2003 a fevereiro/ 2007. A credibilidade que tenho na comunidade escolar foi construída com base numa prática coerente com os princípios que sempre defendi, num respeito profundo às limitações e diferenças das pessoas (inclusive as minhas) e incentivo constante ao desenvolvimento de suas potencialidades mais positivas. Em 34 anos de dedicação ao magistério não há absolutamente nada que dasabone a minha história.
Infelizmente, temos participado de um momento extremamente triste na história do CEP. Por acreditarmos que o que diferencia um jovem das classes privilegiadas e outro da “periferia” são as oportunidades, por acreditarmos que o ensino de qualidade forma cidadãos emancipados e autônomos, por sabermos que somente o ensino público de qualidade é capaz de garantir igualdade de condições dentro das universidades públicas ou privadas, começamos a questionar, dentro do Colégio, algumas práticas da Diretora Geral. Primeiramente solicitamos que ela nos ouvisse e aceitasse discutir vários encaminhamentos feitos por ela e pela chefe da Divisão Educacional, responsável pelo pedagógico da escola. Foi marcada uma reunião geral que, infelizmente, não trouxe os resultados esperados. Elaborou-se então um documento com a síntese das questões tratadas na reunião, que foi encaminhado ao Sr. Maurício Requião, solicitando uma audiência, mas lamentavelmente não houve espaço na agenda do Secretário. A partir daí surgiram outras manifestações. Como resposta às nossas reivindicações, começaram as retaliações: primeiramente dois professores (QPM- lotados na escola) suspensos e processados, posteriormente, mais sete professores também QPM, lotados na escola, foram também processados. Sou uma das professoras processadas, suspensa pela 3ª vez, por mais 30 dias, a partir de 01/02/2008, como medida preventiva(?). A primeira suspensão ocorreu a partir de 09/11/2007.
Em janeiro/2008, foram dispensados treze professores (QPM – ordem de serviço) muito competentes e comprometidos com o projeto de educação que defendemos, muitos deles com mestrado, alguns doutorandos, substituídos por professores PSS, muitos sem qualquer experiência no magistério. Tudo isso por se manifestarem contrários a incoerências e decisões unilaterais de uma Diretora Geral que se diz democrática.
No dia 26/02/2008, saímos muito esperançosos da reunião da CCJ, referente à votação do projeto de lei 825/07, que propõe eleições diretas para diretor do Colégio Estadual do Paraná.
Segundo a teoria da professora Madselva, abissalmente distante de sua prática, “a eleição de diretor de escola constitui um momento privilegiado para reflexão coletiva e enfrentamento ao projeto neoliberal de sociedade e de educação que reforça os processos de exclusão e de desumanização a que a população vem sendo submetida fora e, muitas vezes, dentro da escola... o diretor tem um papel relevante na condução da autonomia responsável que experimenta saberes e transgride o velho estilo de gestão, criando coletivamente formas de garantir direitos, de humanizar as relações, os tempos e os espaços pedagógicos, porque todo lugar de criança e adolescente TEM QUE SER HUMANO, SEM SEGREGAÇÃO, ONDE O ATO DE EDUCAR SEJA UM FAZER ÉTICO, SOLIDÁRIO, ESCULPIDO COM A DIGNIDADE DO SER HUMANO E DO MUNDO” (FEIGES, Maria M. F. O projeto Político-Pedagógico e a eleição de diretores de escola: limites e possibilidades da gestão democrática. Maringá: SME, Caderno temático I, 2003).
Pela experiência que temos, estamos certos de que a eleição traz um ganho imensurável para a construção de um projeto político coerente com os anseios da comunidade escolar. Por isso, agradecemos o apoio dos nobres deputados presentes à sessão da CCJ e pedimos que nos ajudem nesta luta, que não é apenas da Comunidade Escolar do Colégio Estadual do Paraná, mas de toda a sociedade paranaense.
Queremos acreditar que o Excelentíssimo Sr. Governador e o Sr. Secretário de Educação não saibam de fato o que está acontecendo no Colégio Estadual. Posso lhes garantir que não somos contra as políticas públicas e que não há entre os professores punidos nenhum interesse politiqueiro, como tem sido ventilado a todo momento, numa clara intenção de nos criminalizar e de desqualificar a nossa luta. Não sou candidata a nada, tenho projetos pessoais de, num futuro não muito distante, deixar de viver neste estado que aprendi a amar e valorizar. Reivindicamos apenas condições dignas para o trabalho sério que sabemos e queremos fazer.
Respeitosamente,
Professora Maria Luíza (Malu)