segunda-feira, 30 de junho de 2008

Reunião na Assembléia Legislativa

O presidente da Assembléia Legislativa, Deputado Nelson Justus, convocou hoje,30/06, uma reunião com representantes de professores, funcionários, pais e alunos, APP, para falar a respeito do projeto de lei sobre as eleições diretas no Colégio Estadual do Paraná.A reunião será amanhã, a partir das 10h, na sala do presidente. Estaremos lá!

domingo, 29 de junho de 2008

Jovens que fazem a diferença V

Orkut

Tópico: Qual CEP você quer? Comunidade: CEP Colégio Estadual do Paraná

23:35 (8 horas atrás) Gabriel Carriconde
Qual é CEP que voce quer?

Todos nós sabemos que precisamos de eleições para diretor e que a instituição de ensino seja democratizada,mas qual projeto de escola que a gente tem em mente?
Pegamos o exemplo da democracia que vivemos hoje.
Lutamos para votar para presidente e que tivesse liberdade de expressão,mas cometemos um pecado: não tinhamos um projeto democrático e popular para o Brasil.
Votamos para presidente,senadores,deputados e etc... Mas ainda temos miséria,desemprego,ataque aos direitos dos trabalhadores,latifúndio,arrocho salarial,corrupção e uma série de outras questões.
O que isso tem a ver com o CEP?
Será que so garantido que a lei das diretas seja aprovada e que possamos votar para diretor sem ter um projeto realmente democrático para o colégio vai resolver os problemas que assolam o CEP hoje?
Mais do que ter o direito de votar para diretor temos que ter um projeto realmente democrático para a escola.Não podemos cair no erro de que no futuro os mesmos problemas se repitam porque nós não elaboramos um projeto democrático para o CEP a partir da necessidade de cada aluno,professor e funcionário.
Por isso qual é o Colégio Estadual do Paraná que quer?

Um CEP democrático?
Com um sistema de avaliação que valorize o aluno e professor e não o vestibular ou que não seja barateado?
Que respeite a livre organização dos estudante?
Que respeite funcionários e professores?
Queremos votar para diretor mas também queremos uma escola democrática e livre.
Quem faz a escola é a comunidade.

Diretas Já!



Por um projeto democrático para o CEP! (7 horas atrás) Carolina Galan
Respeito e direito a opinião, acima de tudo.
Uma escola voltada para o ensino dentro da sociedade, com debates, reuniões, seminários, etc(e isso não é sonho, já houve grupos assim no cep)
sem censura e pressão sobre os professores.
menor n° de alunos por sala
maior utilização do espaço físico do colégio pelos próprios alunos
espaço para realização de eventos como festas, mostras, feiras.
conscientização e não proibição!

acho que é mais ou menos um cep assim que eu gostaria que meu filho estudasse...


diretas já! 03:32 (4 horas atrás) "Ramalhinho" (Joel Ramalho)
O CEP como todo outro colégio da rede pública de ensino deve colocar em 1° lugar o ser humano. Fortalecendo as relações de aprendizado, pesquisa, produção e desenvolvimento da consciência crítica, nos alunos, professores e funcionários. Claro que essa regra que consta como função de um órgão educacional, não é seguido, muito menos tido como parâmetro no estado do Paraná.
As escolas estão voltadas para o escoamento dos alunos, entrada e saída planejada, sem critérios verdadeiros de avaliação, preocupando-se somente com números que foram aprovados. E também está voltada para o Mercado de trabalho, que se diga é importante, mas menos importante quando comparado à produção intelectual do estudante, à sua busca para entender o mundo e a sua experiência direta com a vida.
Se for citar as controvérsias da escola real com a teórica teremos muitos textos e artigos escritos, mas uma boa análise do que acontece com o sistema de ensino atual é um pouco da realidade do CEP. As coisas antigas se mesclam com as novas, dificultando ainda mais alcançar a escola ideal, exemplo disso, uma lei da década de 60 ainda vigora no CEP, impedindo eleições para diretor, mesmo vigorando outra lei que permite eleições para diretor em todas as escolas públicas do país. Estamos em uma era na qual a LIberdade de expressão é muito valorizada e respeitada, mas falar em eleições nesse colégio é considerado uma heresia. Fora o sucateamento das instalações e refeitórios que aí engloba quase todas as escolas do estado.
Fica a pergunda quem do "Poder" está preocupado em melhorar isso?

Vejam o que o "melhor secretário de educação do planeta" está permitindo que a "melhor pedagoga" do Paraná faça no Colégio Estadual

Blog do Fábio Campana- comentário em: Uma carta de Malu Rocha sobre o Colégio Estadual, postada no dia 28/06

Indignada Sábado, 28 de Junho de 2008 – 23:01 hs
(Cópia do e-mail encaminhado à Ouvidoria da SEED)
Prezados Ouvidores

Sou professora do Colégio Estadual do Paraná e, por receio de sofrer retaliações como infelizmente aconteceu com muitos colegas professores e funcionários, não divulgarei meu nome.
Escrevo em nome de muitos professores e funcionários, os quais apelam para que a SEED intervenha no Colégio Estadual do Paraná, pois a atual direção está levando os 161 anos de história desta renomada instituição para o abismo. São muitos processos injustos, perseguições e ameaças com muitos professores (aliás, a comunidade escolar não entende o porquê, pois são excelentes profissionais) simplesmente porque discordam da atual gestão. Não bastasse isso, ela continua punindo e sacrificando pessoas que trabalham e fazem a diferença na educação. Humilhar professores e funcionários é uma prática constante da Diretora Maria Madselva e o que nos deixa mais entristecidos e indignados é saber que essa “pedagoga” jamais poderia ser diretora geral do nosso amado e querido CEP, pois ela não possui laços de afeto, carinho, respeito, amor, visão administrativa e uma história com essa instituição.

Menciono, a seguir, algumas considerações relevantes:

# A participação nos concursos realizados dentro do estabelecimento era feita por meio de inscrições dos professores e funcionários e posteriormente eram sorteadas as pessoas que neles iriam trabalhar; - Hoje: A funcionária Silvana é a pessoa responsável por escolher quem ela quer que trabalhe, favorecendo sempre um mesmo grupo restrito de pessoas.

# As coordenações de área foram uma importantíssima conquista das antigas direções e corpo docente do Colégio, junto à SEED, devido à complexidade causada pelo número de professores de cada disciplina. Os maiores objetivos da coordenação eram buscar uma unidade, construir uma prática pedagógica significativa, ser suporte para que os professores aprimorassem cada vez mais seu trabalho. Hoje: as coordenações de área foram extintas, sendo que os materiais das áreas não estão sendo utilizados, materiais de custo elevado estão espalhados pelo colégio, pois os professores perderam o direito de preparar suas aulas, atender seus alunos e pesquisar em suas salas de coordenações.

# Na hora-atividade, os professores não conseguem um lugar adequado para trabalhar, pois a maior parte das salas de coordenações foi extinta. As que sobraram são compartilhadas por professores de mais de uma área, a maior parte do tempo não comportando todos nas salas, o que não oportuniza encontros e discussões dos grupos, bem como as interações sociais.

# Os professores não possuem sala com computadores e impressora para digitar suas provas, atividades e projetos. Isso é gravíssimo, provando mais uma vez que o que funcionava na escola, hoje está sucateado.

# Em algumas áreas os professores não têm acesso às informações de cursos promovidos pela SEED ou por Universidades, etc., pois outra tarefa dos coordenadores era repassar essas informações para os professores da área e, hoje, as pedagogas que deveriam desempenhar esse papel, não estão dando conta das inúmeras tarefas a elas atribuídas, pois além de atender pais e alunos, não conseguem discutir os assuntos pertinentes à área, devido à formação acadêmica que tiveram.

# A Diretora Geral simplesmente não tem contato algum com os professores, não vai à nossa sala nos momentos dos intervalos, pois não tem afinidade com a maioria do corpo docente. Aliás, essa é a única escola em que a direção não cumprimenta nem conversa com os professores, não propiciando um ambiente de acolhida, respeito, dignidade e profissionalismo.

# Professores e funcionários estão com a auto-estima baixa, depressivos, tristes. Nunca houve um ano com tantos atestados médicos, licenças, faltas de professores. Não vemos as pessoas felizes, rindo, contando piadas, satisfeitas e estimuladas com o ambiente de trabalho, como era na época anterior à chegada da atual diretora.

# A sala dos professores virou depósito, já que os professores não possuem mais as salas de coordenação. Como não há outro espaço, guarda-se ali o que é possível guardar. A inspetora que ficava permanentemente nessa sala, auxiliando professores e alunos, além de cuidar da limpeza e atender ao telefone, não fica mais lá, perdendo-se assim mais um ambiente agradável.

# As mudanças de calendários e datas são constantes, o que ocasiona a falta de organização da maioria dos setores.

# Montar e desmontar a equipe é uma prática constante, são tantos rostos novos naquela escola, que não sabemos quem é quem, quais funções exercem, etc.

# As datas comemorativas simplesmente passam em branco, reforçando a incompetência da diretora, como os 161 anos do CEP, Dia da Mulher, Dia das Mães, Dia Mundial do Meio Ambiente, etc.

# O Setor de Recursos Humanos não possui relações humanas, pois a chefia nunca repassa as informações pertinentes aos professores e funcionários, nunca sabe responder os questionamentos e jamais se dirige pessoalmente para um cafezinho ou bate-papo na hora do intervalo.

# Não sabemos quem é a atual Chefe da Divisão Educacional do Colégio, pois a Pedagoga Sandra Bizusko deixou o cargo.

# Os portões ficam fechados até 10 minutos antes de iniciar a primeira aula. Enquanto isso, os alunos aguardam na rua, debaixo de chuva, de sol, e próximos de um fluxo intenso de automóveis e pedestres naquele local.

# As salas de aula constantemente estão sujas, cortinas totalmente rasgadas (aliás esta nunca foi a aparência das salas de aula) e Tvs laranjas que não funcionam ou não foram instaladas.

# O Dia do Desafio foi uma vergonha. Estagiárias do primeiro ano da faculdade e som de péssima qualidade foi montado. O que deveria ser uma prática saudável e organizada de fazer exercícios foi mais uma prova de desorganização da escola, pois colocaram estagiárias inexperientes para conduzir um grupo significativo de jovens, sem a presença dos professores de Educação Física.

# Sobre os alunos: Falta de controle de entrada e saída (um número significativo chega na segunda aula) sem justificativa alguma, muitos gazeiam aulas, estão constantemente sem uniformes. Isso retrata a indisciplina, a falta de cobrança e de limites, por dois motivos: desorganização no cumprimento de regras e muitos professores inexperientes, sendo que muitos não são formados e nem atuam na área de formação. Quanto aos professores, lembramos que muitos que estavam há muitos anos conosco, não puderam neste ano trabalhar na escola, porque não apoiaram as decisões da Diretora.

# Ausência da Diretora Maria Madselva nos corredores. Normalmente a presença da Diretora impõe respeito e admiração, mas sinceramente sabemos que os alunos não a vêem como uma líder respeitada, admirada e qualificada para a função que exerce.
# No encontro do MST no auditório do Colégio recentemente, eles tiveram trânsito livre no pátio, sendo que durante as aulas de Educação Física e intervalo, as alunas se sentiram constrangidas com os olhares e a circulação de algumas dessas pessoas estranhas nas dependências do estabelecimento.

As situações aqui citadas caracterizam a nossa realidade, que demonstram a fragilidade do nosso ambiente de trabalho, que em tão pouco tempo de gestão comprometeu anos de dedicação de tantas pessoas que fizeram e fazem parte da história desse Colégio. Vocês podem ter certeza de que o Colégio possui excelentes profissionais, que continuam trabalhando por uma Escola Pública de qualidade, onde o nosso principal objetivo é prepararmos nossos alunos, para que sejam pessoas que saibam enfrentar os desafios, seja no mundo do trabalho, no conhecimento ou no exercício da cidadania, e que possam atuar decisivamente na construção de um mundo melhor, porém, se nada for feito, a “pedagoga” que dirige a escola será responsável por um prejuízo sem precedentes na história daquela amada instituição de ensino.

Abraços,

sábado, 28 de junho de 2008

Resposta do presidente do Grêmio do Colégio Estadual, mais um jovem que faz a diferença

Blog do Fábio Campana

PauloFortunato GECEP Sábado, 28 de Junho de 2008 – 12:56 hs
Primeiramente eu queria dizer estou decepcionado com o que está acontecendo no Colégio Estadual do Paraná.

No dia 25 de junho deste ano eu estava presente na abertura do evento do grupo Tortura Nunca Mais PR, e fiquei muito impressionado com o discurso sobre democracia da Profª. Maria Madselva, e eu me pergunto por que será que ela é tão hipócrita assim? Fiquei também muito surpreso quando li a postagem do “anônimo” dizendo que eu me coloquei à disposição para elaborar um documento desmentindo o que foi postado. Mas é claro que eu nunca faria isso, pois o que está escrito na carta da Profª. Malu refere-se à cerimônia de abertura e é tudo verdade.
Queria dizer para todos aqui que, quando assumimos o Grêmio este ano, a Profª Madselva, tratava o Grêmio muito bem, MAS a partir do momento em erguemos a bandeira das diretas já ela se colocou “contra” o GECEP, barrando vários projetos como exemplo: a nossa Feira de Livros, Palestra sobre o Meio Ambiente e Democracia. No dia 26/06, ela tomou a nossa Rádio Intervalo, que é o nosso maior meio de comunicação com os estudantes.
Mas o que ela não sabe é que os alunos mais conscientes e críticos do CEP, que os alunos que fazem parte da Diretoria do Grêmio, não vamos recuar devido a toda essa repressão, pois nossa luta é maior, nossa luta é GRANDE, nossa luta é pela eleição de DIRETOR no Colégio Estadual do Paraná

Diretas Já

Paulo Fortunato
Presidente do Grêmio Estudantil do CEP


Desculpas aceitas!Domingo, 29 de Junho de 2008 – 9:38 hs
Peço desculpas ao presidente do Grêmio, pois me equivoquei quanto a quem era o interlocutor com quem conversei, pois o mesmo, um rapaz muito jovem de cabelos negros que vestia uma camiseta com uma frase escrita sobre a liberação da “rádio intervalo” a meus olhos pareceu ser o principal líder pela força de liderança que demonstrou na manifestação que vimos acontecer e foi com ele, que também fez parte da mesa conosco, é com quem conversei sobre o fato e foi ele quem afirmou que os estudantes foram democraticamente bem recebidos pelo Fórum de discussão, o que é uma verdade.

Quanto ao fato que abordam sobre as perseguições a professores, a alunos, etc. é um assunto que não somos os mais capacitados a tomar posições sobre o que desconhecemos mais a fundo para tirar conceitos de valor.

A maioria dos presentes além de não serem de Curitiba, mas sim do interior do Paraná e até de outros Estados, o que os impedem até de ter acesso as informações, são muito idosos tendo uma grande parte mais de 80 anos e hoje, por sérios problemas de saúde, muitos com origem nas torturas sofridas, não podem participar ativamente das questões mais gerais, mas ao longo de suas vidas muito contribuíram nas lutas sociais.

Volto a afirmar, vocês não acham que é um assunto para ser tratado na e pela APP –Sindicato, com os demais funcionários, com os estudantes e junto aos pais de alunos?

Quanto a participação popular nos ambientes públicos com certeza não discordamos de nenhuma proposta que leva a democratização nas escolhas de dirigentes, pois o que sempre defendemos como marxistas que somos é a radicalização democrática.

Embora venhamos também a questionar o espírito corporativista que algumas categorias mantêm ao priorizarem as discussões economicistas pelas melhores condições de vida de si próprios em vez de questionar a estrutura burguesa de poder.

Em nossa convicção o processo de escolha de um dirigente deve ser paritário, assim respeitando a participação a todos os envolvidos no processo, professores, funcionários, alunos, pais, etc., pois em nossa opinião a escola tem de ser dirigida pela comunidade.
A sua direção deve ser subordinada a fiscalização de um conselho popular, já que somente a eleição de forma burguesa só serve para na maioria das vezes esconder os interesses escusos de uma minoria.

E o que falo não tem nada de novo, já que vemos acontecer em tantas escolas aonde a aplicação dos recursos pelas direções ocorre de forma criminosa ou no mínimo duvidosa, pois as comunidades não participam nas decisões sobre a aplicação do erário.

A tal da participação das comunidades via as APMs na maioria das vezes podem ser consideradas fraudulentas ao serem manipuladas pelas máquinas eleitorais que são as diretorias, que em grande parte das vezes é quem formata as chapas vencedoras.

As Escolas públicas ainda são corpos estranhos as comunidades, pois dentro delas a participação e poder de decisão somente existem nas mãos de minorias “democraticamente eleitas”, sendo que a “participação popular” se restringe ao ato de votar sem que haja o debate, o confronto das idéias, de forma permanente!

Mero engodo democrático burguês!

Equívoco?

Blog do Fábio Campana (www.fabiocampana.com.br)

Uma carta de Malu Rocha sobre o Colégio Estadual
Sábado, 28 de Junho de 2008 – 10:29 hs
A professora Malu Rocha escreveu esta carta para os comentários. É tão significativa que merece ser publicada também aqui, como matéria acolhida pelo blog. Leiam, reflitam, o que acontece no Colégio Estadual é a expressão do caráter fascistóide do próprio governo que nomeou e mantém a diretora e seus métodos no poder.

A quem se identifica como não é bem assim:Acredito estar havendo um equívoco grave na sua interpretação dos fatos. Tenho o MAIOR RESPEITO por estes “companheiros idosos que tanto contribuíram na luta de resistência pela e para a democratização do país, como pela reorganização do movimento social, incluindo neste rol a própria APP-Sindicato, pois muitos são professores aposentados que participaram das greves de 79, 80 e 81, sendo espancados, presos e fichados na defesa da categoria”. E foi exatamente por este respeito e pela confiança que tenho na luta deles é que resolvi participar. Em meu texto, em momento algum, citei que os estudantes não foram bem recebidos no dia 27/06/08, até porque já não estava mais lá. O que abordei foi o fato de algumas pessoas responsáveis por tantas atitudes autoritárias e repressoras no Colégio Estadual do Paraná, neste momento histórico, terem tanto espaço num evento de TAMANHA SERIEDADE E IMPORTÂNCIA.

Quando decidi participar, além de me solidarizar com a luta de vocês, fui conhecer um pouco mais da história que ali seria relatada, buscar um pouco de conforto. Não fui lá para falar, fui também pedir ajuda, discretamente, sem precisar fazer uso da palavra. Só decidi pedir um espaço (03 minutos), depois da fala da professora Madselva. Jamais faria uso da palavra, agressivamente, pois não estava ali para promover nenhum tumulto. Infelizmente, há muitas pessoas no Colégio Estadual do Paraná sofrendo com a situação que ali se instalou. Jamais imaginei que falar sobre o que lá se passa, de fato, para as pessoas que ali estavam, que já sofreram na pele e na alma os danos da repressão e da perseguição política, iria parecer oportunismo. Acreditava que um dos objetivos do evento era refletir sobre os erros do passado, como uma maneira de garantir que eles não se repitam.

Talvez o equívoco seja meu, de tentar pedir atenção para um grupo bem significativo de professores, funcionários e alunos vítimas de uma repressão desvelada e perversa, mas talvez não tão perversa assim para os que desconhecem (e /ou fazem questão de ignorar) o que está ocorrendo no
Colégio Estadual do Paraná. Se, de fato, o equívoco for meu, só me resta pedir desculpas à maioria das pessoas que ali estavam e pelas quais tenho uma profunda admiração e respeito.

Maria Luíza Moreira da Rocha Diniz Lacerda



Não é bem assim!Sexta-feira, 27 de Junho de 2008 – 10:01 hs
Embora os ex-presos e perseguidos políticos sejam sensíveis aos reclamos das comunidades, inclusive da do Colégio Estadual do Paraná não podemos deixar que uma atividade voltada para a discussão de uma questão específica, que é o caso da Tortura e dos julgamentos dos processos relativo a Anistia fosse desviada do assunto principal.

A professora tentou transformar o Encontro específico de ex-presos e perseguidos políticos em uma tribuna do movimento que ela representa ao qual a nós não compete julgar os méritos, já que não participamos do dia a dia daquela comunidade educacional.

Os estudantes e seus representantes colocaram uma faixa pedindo que venha a ocorrer eleições diretas para a diretoria do Colégio, o que não é um assunto de nossa alçada, já que não fazemos parte nas relações dentro da Instituição, mas mesmo assim garantimos o direito deles se manifestarem e a faixa lá continuou presente.

No período da tarde de ontem eles promoveram uma manifestação no local, o que consideramos também um direito legítimo, e nela tentaram adentrar no local do Evento, o que não foi permitido pelos funcionários da Escola.Com o clima gerado, o que não tem nada a haver diretamente a atividade lá realizada pelo Tortura Nunca Mais, cujo local foi apenas cedido democraticamente pela direção da Escola, a qual democraticamente agradecemos, intervimos e os estudantes foram bem recebidos no local do Encontro, inclusive os seus dirigentes indo fazer parte da mesa e tendo o direito de usarem da palavra.

No local não tumultuaram, assim respeitando o ambiente e contribuindo nas discussões relativas à questão dos direito humanos, cujo palestrante na hora era o respeitado Nilmário Miranda.

Para nós a participação dos jovens na política é um fato importante e nas discussões que promovemos sobre a cidadania e os direitos humanos é uma honra receber os mesmos.

Agora quanto à professora Maria Luiza Moreira da Rocha Diniz Lacerda e sem querer entrar no mérito das suas argumentações, já que da realidade do que no Colégio ocorre não temos nenhum conhecimento mais aprofundado para fazer juízo, acredito que ela deveria usar dos momentos apropriados dentro do processo interno da Instituição e de sua categoria e não tentar pegar carona no ato que lá estava acontecendo, o que demonstrou um grande oportunismo.
O que os professores fariam caso uma centena de ex-presos e torturados pela ditadura invadissem uma assembléia de sua categoria para tentar desviar o foco das discussões que lá ocorriam?
Será que teriam o mesmo comportamento democrático que tivemos com os alunos ao garantir até o direito a palavra e convidar para participar da mesa?

Esperamos que aquela comunidade escolar resolva os seus problemas internos, já que nós que não fazemos diretamente parte da mesma pouco podemos fazer em busca destas soluções.

Marta Bellini Sexta-feira, 27 de Junho de 2008 – 10:44 hs
Não é bem assim. A questão é única: liberdade sempre. E se os torturados invadissem uma assembléia denunciando a sangria e a morte deveriam ser bem vindos!

Antonio W Sexta-feira, 27 de Junho de 2008 – 14:45 hs
Qualquer evento contra a ditadura deveria receber quaisquer manifestantes contra ditadura e se solidarizar a eles. Que sentido tem comemorar TORTURA NUNCA MAIS e MORTE DA CENSURA se ali, no próprio recinto em que ocorre a manifestação, há professores perseguidos e censurados? É palhaçada! Na verdade estamos vivendo a pior das ditaduras: a ditadura do nepotismo, da impunidade, das ações nebulosas e dissimuladas que levam o Estado do Paraná ao caos administrativo e ético.

João Sexta-feira, 27 de Junho de 2008 – 15:05 hs
Lamentavelmente o que ocorre no Estado do Paraná é uma decadência do processo democrático, por meio de imposição de desejos pessoais dos governantes de forma facista e ditatorial. Esperemos 2010 para que os detentores desse autoritarismo sejam definitivamente escorraçados.

Ao Antonio W
Sexta-feira, 27 de Junho de 2008 – 21:34 hs
Os únicos manifestantes que lá estiveram não eram professores, mas sim estudantes e nós garantimos a permanência dos mesmos no local dos debates, do qual eles participaram e contribuíram como também garantimos a permanência da faixa e convidamos as lideranças estudantis a participarem da mesa.

Quanto á palhaçada a única que existe é a de neste seu discurso maniqueísta em querer transferir responsabilidades sobre problemas internos de uma Escola a quem não é de direito.

Acredito que você, como um representante do movimento social que é o que o Sr. aparenta ser, deveria ter mais respeito por estes companheiros idosos que tanto contribuíram na luta de resistência pela e para a democratização do país, como pela reorganização do movimento social, incluindo neste rol a própria APP-Sindicato, pois muitos são professores aposentados que participaram das greves de 79, 80 e 81, sendo espancados, presos e fichados na defesa da categoria.

Conversamos hoje com o presidente do Grêmio sobre o que a Sra. Maria Luiza Moreira da Rocha Diniz Lacerda (Malu) havia postado neste blog e ele até se colocou a disposição de caso fosse necessário elaborar um documento desmentindo o que foi postado, já que disse que foram democraticamente bem recebidos pelo Forum de discussão.Quanto ao fato que aborda sobre a suposta ou real perseguição a professores, assunto que não somos os mais capacitados a tomar posição, já que a maioria dos presentes além de não serem de Curitiba, mas sim do interior do Paraná e até de outros Estados, são muito idosos, tendo uma grande parte mais de 80 anos, você não acha que é um assunto para ser tratado na e pela APP –Sindicato, com os estudantes e junto aos pais de alunos?

Jovens que fazem a diferença IV

Fonte: orkut - Comunidade: CEP Colégio Estadual do Paraná - tópico: Absurdo - Cada vez mais indignado!!!

26 jun (2 dias atrás) Bruno

Vale reproduzir Rui Barbosa!!!

Sinto vergonha de mim…
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo,
buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro !

***

” De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto “.


Gabriel tópico Reportagem Gazeta on-line
Será que ninguem percebeu que parte das políticas nefastas aplicadas pela direção-geral vem do mando direto do Secretário de (Des)Educação Maurício Requião?
Então a luta vai mais além do que a Diretora Madselva ,vai diretamente contra a política arbitrária e repressiva para o ensino público que está sendo aplicada no Governo Requião.
Ou voces se esqueceram do que está acontecendo nas universidades estaduais como a UNIOESTE,UEM,UEL,UEPG entre outras que estão sofrendo com a política repressiva do Governo Requião.
Temos que garantir Eleições Diretas para Diretor no ambito do CEP
e lutar contra a política repressiva do governo do estado contra as escolas e universidades públicas.

A Luta É De Toda A Sociedade Paranaense!

Diretas Já no Colégio Estadual do Paraná!
Abaixo o autoritarismo do Governo do Estado!

Jovens que fazem a diferença III

Fonte: orkut - Comunidade:CEP Colégio Estadual do Paraná - tópico: Protesto à tarde

Markinhos
Não existe pressão NENHUMA que supere a voz dos estudantes!!


E só um informe: Hoje à tarde quando eu estava fechando a rádio, foram três funcionários na Rádio Intervalo e tiraram a chave das minhas mãos (me barrando e não deixando eu sair da rádio com a chave). Isso aconteceu depois que foi anunciado pro pessoal da tarde se concentrar na arena. Deram o argumento de que a chave da rádio intervalo é do colégio, mas, não sei se vocês sabem, os equipamentos da rádio foram doados por um aluno!! A chave da rádio pode ser deles, mas a rádio é dos alunos!!

Hoje teve uma reunião em que falaram que nos darão motivos escritos até às 10 hrs da manhã de amanhã (27/06). Isso está registrado em ATA, na reunião que aconteceu hje depois das 18:30 +-

Diretas Já!


Tópico:Absurdo - cada vez mais indignado!!!

Markinhos
"Enquanto os do 3ºs anos que apoiaram, tuuudo bem, eles estão na ufpr, cheeios de processos nas costas, e ainda não podem entrar no cep, não podem treinar, como ex alunos treinam, não podem fazer celen como muitos da sociedade fazem."

Esse ano existe um Grêmio Estudantil! A legislação não impede movimentos estudantis LEGAIS. O Grêmio é uma entidade LEGAL. Existem leis Federais e Estaduais que reconhecem o Grêmio.

Tenho certeza que pensavam que o pessoal da manhã ia perder aula depois do intervalo, mas se caso perdêssemos as aulas, íamos de certa forma perder a razão. Não podemos também iniciar uma paralisação sem a devida COMUNICAÇÃO.

Queremos que todos os alunos saibam o que o GECEP vêm enfrentando, principalmente depois de erguer a bandeira das Diretas Já.

Hoje só deixariam o GECEP passar em salas caso passassem junto "vistoriando" o que seria falado!! Agora pergunto:
○ Cadê a LIVRE CIRCULAÇÃO das entidades estudantis?
○ Cadê a AUTONOMIA do GECEP?
○ Cadê o RESPEITO com os alunos e seus representantes?

Vocês sabiam que hoje não deixaram o fotógrafo da Gazeta do Povo entrar no colégio??

É por isso que a cada atitude ridícula tenho mais forças pra gritar:
Diretas Já!



27 jun (13 horas atrás) Vinicius
Engraçado que no ano passado a galera do segundo ano gritava seu amor pelo CEP, lutava com unhas e dentes, assim como o pessoal do primeiro e do TERCEIRO ano.

Engraçado dizer que o TERCEIRO ano estava lutando pelo CEP, perdendo aula por isso.

Engraçado lembrar que vestibular tem todo ano, que no ano passo o mesmo TERCEIRO ano que lutou e perdeu aula pelo CEP também o enfrentou.

Engraçado ainda recordar a quantidade de nomes do CEP que saíram na lista da UFPR, incluindo, principalmente, aqueles alunos do TERCEIRO que lutaram e perderam aula pelo CEP.

Engraçado ver hoje o pessoal que era do segundo ano de 2007 que 'amava tanto o CEP' esquecê-lo e parar de lutar por ele por um interesse próprio.

É esse o amor que vocês têm?

Que amor é esse que pode ser deixado de lado por um simples 'ano que vem eu nem vou estar aqui'?

Eu estou no terceirão, vou prestar vestiba em um curso de altíssima concorrência e nem por isso esqueci meus colegas e meu colégio. Nem por isso deixo de lutar pelo primeiro, segundo e TERCEIRO ano.

E é ESSE o amor que EU tenho pelo CEP. Não é um amor pelos que estudaram comigo ou por um simples prédio, mas quero que todos, os futuros e atuais alunos do CEP, sejam dignos de um ensino de qualidade. Sejam dignos de se preocupar com um vestibular e uma universidade de verdade!
Para que todos, TODOS, os alunos do CEP de todas as gerações sejam dignos de subir para as suas aulas e tomar posição de aluno.


Antes de subir pra sala é necessário ter certeza de que lá você vai aprender, de que lá você vai realmente estar num colégio e estar se preparando pra um vestibular.

Diretas Já!


=]

CEP, ame-o e mude-o.
Criei agora isso, nem sei se ficou bom. xD


Diretas Já! 27 jun (12 horas atrás) Vinicius
Então, só pra deixar claro a situação da Rádio Intervalo (RI):

A princípio, a chave da RI estava sobre nossa responsabilidade para que pudéssemos guardar algumas das prendas arrecadadas pelo GECEP.

Como o equipamento estava todo lá, e no ano passado a RI foi desativada com a alegação de que os equipamentos NÃO FUNCIONAVAM, começamos a analisar o equipamento da rádio, até que percebemos que eles FUNCIONAVAM.

Nisso, organizamos toda a sala da RI (vale lembrar que em tal sala estavam guardados quilos de sacos de cimento, quilos de azuleijos e mais um monte de entulho), e isto foi feito sem nenhum apoio do CEP.

Após isto conseguimos funcionar a rádio com o conscentimento da direção geral e até então estava tudo certo.

Ontem a tarde, a programação da RI foi interrompida pois concentramos o pessoal na arena por motivos já citados nesta comunidade.

No mesmo momento que informamos aos alunos o pedido da concentração na arena funcionários do CEP arrancaram, literalmente e de forma agressiva, a chave da RI da mão de um de nossos membros.

Aí está a censura.

A chave estava sob nosso poder oficial e legalmente.

A maneira como eles retiraram a chave, agressiva, ilegal e sem aviso prévio ou motivos que complica a situação.


Quanto a ligar a rádio: inviável.

A RI foi construída por um aluno e pertence aos alunos, mas seus equipamentos são de patrimônio do CEP e não podem sair da sala.

De qualquer maneira, nosso acesso à sala não é viável. Não estamos mais sob posse da chave.

Por isso estamos tentando conversar com vocês nos intervalos.

E por isso precisamos ainda mais da ajuda de TODOS!

Diretas Já!



renan
O que o pessoal dos 2º e 1º anos não se concientizam é que o ano de vestibular não é só o 3 º ano, mas vem de toda uma preparação desde o 1º ano estudando...
acontece que: se o pessoal não se acordar para o que está acontecendo, a qualidade de ensino e a democracia (credo, pode-se dizer que aquele pouquinho que o cep tem de democracia é democracia?) no cep irão de mal a pior!

Jovens que fazem a diferença II

Fonte: orkut - Comunidade: CEP Colégio Estadual do Paraná - tópico: Protesto à tarde

ACORDA CEP!!! 26 jun (2 dias atrás) ●๋•ThAíS
Vamos explicar!
Está tendo um evento no CEP, sobre Anistia e Democracia,
dirigido pelo grupo TORTURA NUNCA MAIS; para quem não sabe;
esse grupo eh formado, por pessoas que sofreram prisão politica e tortura na época da ditadura militar, e esse evento consistia em palestras, e depoimentos de experiencias passadas pelos membros; o GREMIO estava nesse evento ontem e hoje, e resolvemos colocar uma faixa no auditório de ELEIÇÕES DIRETAS JÁ NO COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ, com a Autorização do presidente do grupo, eis que; funcionários da Direção Geral e do GAA, foram tirar a faixa, e o GREMIO interrompeu o EVENTO para impedir que a faixa fosse tirada; alegamos que aquilo era um evento sobre DEMOCRACIA e eles não poderiam tirar a faixa, que aquilo era liberdade de expressão num espaço publico e etc... todos os militantes que estavam no auditório nos aplaudiram. e a direção auxiliar nos chamou para uma conversa, nós tentamos esclarecer que a faixa estava autorizada e blá blá blá, a direção auxiliar alegou que o evento não era DO CEP, e que o espaço estava alugado para o GRUPO. O presidente do EVENTO, conversou com a direção auxiliar e a DIREÇÃO GERAL, alegando que [com essas palavras] "Quando eramos estudantes nós faziamos igual. Eles estão certos!" mas enquanto tudo isso rolava, alguns membros do GREMIO se agilizaram e falaram na radio para a galera se reunir na arena, os alunos se reuniram, o gremio estava com cartazes pedindo DIRETAS JÁ, DEMOCRACIA...
O que a galera não entendeu; é que aquele evento eh MUITO IMPORTANTE, aquilo é um ESTUDO DE VIDA, só que os alunos não encararam desse jeito o que foi uma pena,
enfim, continuando... Os alunos se dirigiram para o AUDITÓRIO, onde não queriam nos deixar entrar. lutamos, cantamos e conseguimos, os funcionários NOS SUBESTIMARAM, falando que os alunos do cep não ficariam quietos, atrapalhando assim o evento.
os alunos entraram no auditório e ficaram em perfeito silêncio,FOMOS APLAUDIDOS por ícones revolucionários da espoca da ditadura, por representantes do gov. FEDERAL. 26 jun (2 dias atrás) ●๋•ThAíS
Continuando
tivemos espaço para nos expressar no evento, lá falamos, que a luta no CEP pelas ELEIÇÕES DIRETAS continua, que a democracia tem qe ser exercida no CEP, que o regime especial, foi feito na época da DITADURA, falamos também QUE TOMARAM A RADIO DOS ALUNOS! a rádio que É e SEMPRE foi DOS ALUNOS,
a Rádio que FOI UM PRESENTE DE UM ALUNO a radio que eh a nossa voz, e agente não iria deixar aquilo barato. Jogamos na cara de todos que disseram que nós não saberiamos nos comportar que nós somos educados acima de tudo e que se agente quiser REALMENTE agente consegue o que agente quer.
é muito importante frizar mais uma vez, que
OS ALUNOS DO COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ FORAM ELOGIADOS E MUITO por pessoas que tem MUITA CREDIBILIDADE em um cenário NACIONAL.

AOS ALUNOS QUE PERDERAM PROVA:
O GREMIO ESTUDANTIL GESTÃO REAÇÃO SE RESPONSABILIZA POR PROTOCOLAR UM DOCUMENTO QUE SERÁ ANEXADO AO PEDIDO DE SEGUNDA CHAMADA, DEFENDENDO ASSIM OS ALUNOS QUE FORAM FRAGILIZADOS DE ALGUMA MANEIRA!

Grata.

Jovens que fazem a diferença I

Fonte: orkut - Comunidade: CEP Colégio Estadual do Paraná - tópico: Rádio Intervalo

Jonatas Becher
Rádio Intervalo...
Carta ao GAA - GRUPO AUXILIAR ADMINISTRATIVO

No dia 26 de Junho de 2008, houve uma reunião entre o GAA, representado por Hideraldo Corbolin Guedes, a Assessoria Jurídica, representada pela Doutora Viviani e vários integrantes da Diretoria do GECEP. Nesta ocasião Professor Hideraldo pediu a mim, Jonatas Becher, esclarecer por escrito algumas questões sobre a Rádio Intervalo, mediante ao episódio que ocorreu no mesmo dia da reunião: funcionário (a) tomou a chave da Rádio Intervalo que estava sob a responsabilidade do Presidente do GECEP, Paulo Fortunato. Segundo os funcionários, o motivo era por causa de um suposto incentivo do GECEP a manifestações utilizando-se da Rádio Intervalo.

A Rádio Intervalo foi criada em 13 de Março de 1996, em comemoração ao sesquicentenário do Colégio Estadual do Paraná. Um projeto dos alunos Paulo Roberto Pinheiro e Anderson Bueno, com apoio da Direção Geral. A Rádio Intervalo possui um Regimento Interno, e segundo este a Rádio será composta de alunos do Colégio Estadual do Paraná. Não há respaldo legal para o impedimento da Equipe da Rádio de exercer suas atividades.

A chave da Rádio Intervalo foi literalmente tomada das mãos de um integrante do GECEP. No momento, não houve qualquer comunicado por escrito dos motivos e a conseqüente obrigação de devolver a chave ao GAA. Considerando que Paulo Fortunato assinou um termo de responsabilidade pela Rádio Intervalo ainda válido, esta ação foi por mim considerada um furto da chave.

O motivo apresentado de que a Rádio Intervalo foi fechada por um suposto incentivo a manifestações é absurdo. Infelizmente, muitos nem sequer ouviram a Rádio no tal momento. Se tivessem ouvido, teriam escutado um incentivo de ir à arena e não de manifestar. Como Carlos Oliveira disse, dizer para ir a arena não quer dizer manifestar. O suposto incentivo ocorreu na arena sem a utilização da Rádio. 27 jun (1 dia atrás) Jonatas Becher
Agora, muitos podem apontar ao ler este texto que o motivo de ir a arena era de manifestar. Como já foi dito aquelas palavras por si sós nada dizem. Mas qual o problema de se utilizar a liberdade de comunicação e expressão?

A liberdade de comunicação e expressão é garantida pelo Artigo 5º incisos IV e IX da Constituição Federal. A saber:

“IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.”

“IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.”

Alguns membros da Comunidade Escolar nos acusaram de promovermos a baderna. A pessoa que disse isto realmente fez um pré-julgamento horrível, talvez devido ao seu cargo, mostrando total desconhecimento do que ocorreu em 26 de Junho de 2008.

Você considera baderna um movimento cujo objetivo era participar de um seminário? Sendo que os alunos se comportaram de maneira excelente? Você considera baderna um grupo de alunos lutando por um ideal em comum de eleger um diretor? Eles estavam lá a fim de buscar apoio nacional de nomes importantes que, em seu tempo, também lutaram pela Democracia!

Ainda há acusações de que nós causamos a perda de avaliações de muitos alunos. Nós, em momento algum, obrigamos os alunos a participar. Quem participou, participou por opção própria. Todavia, o GECEP protocolará o pedido de 2ª Chamada deles. Agora o resto cabe ao bom senso dos funcionários do CEP.

Tendo em consideração todos os argumentos acima citados, eu, Jonatas Walter Becher, reclamo como Tesoureiro Geral do GECEP, no prazo de 24 horas, após o recebimento desta carta pelo Chefe do GAA, a devolução da chave da Rádio Intervalo. Se isto não ocorrer, nos veremos obrigados a recorrer aos meios judiciais existentes contra os responsáveis.

Curitiba, 27 de Junho de 2008.

Jonatas Walter Becher
Tesoureiro Geral do GECEP

Imprensa é barrada no Colégio Estadual do Paraná

Gazeta do Povo ( edição on line)

Vida e Cidadania Sábado, 28/06/2008
Curitiba

Alunos do Colégio Estadual do Paraná pedem eleições diretas para diretor da instiuição

Alunos do Colégio Estadual do Paraná (CEP) promoveram uma assembléia entre os estudantes da instituição na tarde desta sexta-feira (27), em Curitiba, para pedir por eleições diretas à direção do colégio. Além disso, criticaram a falta de democracia entre professores e estudantes e contestaram a administração da atual diretora, professora Maria Madselva Ferreira Feiges.

De acordo com o Grêmio Estudantil do Colégio Estadual do Paraná (Gecep), mil alunos se encontraram no pátio da instituição, durante o intervalo, e reivindicaram pela liberdade de expressão deles, pois temem ser perseguidos pela direção do colégio. O Gecep também afirma que o sistema de avaliação dos professores, que é imposto pela direção, é falho e prejudica o aprendizadoO Gecep também reclama que foi impedido de falar sobre a eleição da direção do colégio com os alunos em sala de aula, além do fechamento da rádio do colégio, produzida pelos próprios estudantes.

O diretor auxiliar do CEP, professor João Carlos Gomes de Almeida, conta que sempre houve liberdade na instituição. “Não há nenhum problema em conversar com os estudantes aqui no Estadual”, afirma Almeida. Sobre a atuação dos professores e no ensino, Almeida fala que o corpo docente tem total liberdade e que não há nenhum obstáculo à educação.

O diretor também afirma que "os jovens querem um imediatismo em tudo e que não sabem esperar pela solução das coisas. Sobre a rádio, Almeida conta que o local da rádio se tornou um depósito e que a direção fará uma reforma para readequar o espaço.

Uma equipe da reportagem fotográfica do jornal Gazeta do Povo foi impedida de entrar na instituição.

Reivindicações

Os protestos e pedidos dos alunos do CEP acontecem desde o ano passado. Em 2007, uma manifestação dos estudantes, que reivindicava a possibilidade de votar na escolha de um novo diretor, acabou com dois estudantes da instituição presos pela polícia militar.

O motivo da reivindicação seria que o CEP é a única escola pública do estado onde pais, alunos, professores e funcionários não têm o direito de, através do voto, escolher o diretor. O diretor no CEP é indicado diretamente pelo governador do estado.





Edição impressa

Publicado em 28/06/2008 | Aldrin Cordeiro, da Gazeta do Povo

Alunos do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, promoveram uma assembléia ontem à tarde para pedir eleições diretas para a escolha da direção do estabelecimento. Eles também denunciaram a falta de democracia na relação entre professores e estudantes e contestaram a administração da atual diretora do colégio, professora Maria Madselva Ferreira Feiges.

Segundo o Grêmio Estudantil do Colégio Estadual, mil alunos se encontraram no pátio da instituição, durante o intervalo das aulas, e reivindicaram o direito à liberdade de expressão, pois temem ser perseguidos pela direção. O grêmio também afirma que o sistema de avaliação dos professores, que é imposto pela direção, é falho e prejudica o aprendizado. Segundo integrantes do grêmio, a diretoria os impediu de falar sobre a eleição com os alunos em sala de aula e fechou a rádio do colégio, produzida pelos próprios estudantes.

O diretor auxiliar do Colégio Estadual, João Carlos Gomes de Almeida, negou que os alunos sejam impedidos de se manifestar. Segundo ele, o local em que funcionava a rádio dos estudantes foi transformado em um depósito e a direção fará uma reforma para readequar o espaço. Uma equipe da reportagem fotográfica da Gazeta do Povo foi impedida de entrar ontem na instituição.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Enquanto isso...

ET CETERA etcetera@oestadodoparana.com.br

O favorito do rei

ET CETERA [27/06/2008]



Roberto Requião tem quatro irmãos: o Eduardo, o Wallace, a Lúcia e o Maurício. Este último, sabidamente, é o preferido de sua excelência. O governador sempre teve preocupação especial com o caçula, sobretudo pelo fato de, entre todos os parentes diretos, ser ele o de menor capacidade de se virar sozinho. É o mais frágil (e fraco). Por causa disso, e devido à proximidade do fim da era requianista, restou ao chefe do Executivo paranaense forçar junto aos deputados a nomeação do mano ao conselho do Tribunal de Contas do Estado, um cargo de primeira grandeza no poder público, vitalício e de alto salário. Um presentão. Entretanto, para ocupar tal função, a lei exige atributos e virtudes que o Maurício não possui. Mas o Roberto não está nem aí. A qualidade que o “postulante” carrega é ser irmão do rei. No império do Cangüiri, isto basta.

Quesitos

A Constituição do Estado em seu artigo 77, parágrafo 1.º, diz que os conselheiros do tribunal “serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: mais de 35 e menos de 65 anos de idade; idoneidade moral e reputação ilibada; notórios conhecimentos jurídicos, econômicos, financeiros, contábeis ou de administração pública; mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados nos incisos anteriores”. Exceto a idade, o hoje secretário da Educação não preenche nenhuma das demais condições impostas pela Carta paranaense.

Drible

O texto exige “idoneidade moral” e “reputação ilibada” para a função, ou seja, uma conduta “reta”, “pura”, “sem manchas”. Não dá, a começar pelo incidente mal explicado da compra das TVs alaranjadas. Ainda assim, a Assembléia Legislativa, através de uma maioria subserviente e que anda a reboque das vontades do Executivo, vai fingir que não é sua responsabilidade zelar pelos interesses do Estado e referendará a indicação do governador.

Aliás...

Entre o prejuízo ao Paraná e a garantia de um futuro financeiramente estável ao irmão, Requião não titubeou em escolher a segunda opção. Uma vergonha. Trata-se de uma política menor, rasteira. Indicar o parente é, no mínimo, uma afronta à ética e à moralidade. O preço a ser pago por ele, a curtíssimo prazo, custará caro demais.

Dúvida

Será que Maurício está consciente do tamanho do prêmio que recebeu do irmão? Será que ele saberá ser eternamente grato ao Roberto pelo gesto?

Reflexão

Não custa lembrar que, em breve, o hoje governador poderá cair no ostracismo. Para isso, basta que não consiga vencer a eleição para o Senado em 2010. Por outro lado, o caçula dos Mello e Silva estará na vitrine. Firme. Gratidão é uma virtude de poucos. Virar as costas é sempre a hipótese mais provável.

O passado é o alicerce, mas ainda há muito o que fazer

Começou no Colégio Estadual do Paraná, no dia 25/06/2008, um evento sobre ANISTIA E DEMOCRACIA, onde seriam discutidos temas como repressão, perseguição política, entre outros. Como os nossos processos estão baseados em leis de 71, auge da repressão, e de 76, respectivamente, o Estatuto do Magistério e o Estatuto do Servidor Público, resolvi participar.
Durante a abertura, participou da mesa a profª Maria Madselva Ferreira Feiges, fazendo um "emocionante" discurso sobre "democracia" - o primeiro dos muitos absurdos que viriam a seguir. Em seguida, uma colaboradora diretíssima e diletíssima da Madselva, agente de repressão dentro da escola, segundo relato de vários colegas e alunos, foi citada inúmeras vezes como símbolo do movimento pela anistia no Paraná. Ainda por cima, cantou "emocionadíssima" o hino nacional. Enquanto o Joel Ramalho (ex-presidente do GECEP) era retirado do CEP pelo chefe do GAA (outro importante colaborador da Madselva) e os representantes do GECEP não eram sequer mencionados, o Rafael Clabonde (UPES), o líder das invasões dos tubos de ligeirinho, foi citado inúmeras vezes como "modelo" de líder estudantil, sendo, inclusive, convidado a compor a mesa no 2º momento da noite (o que não ocorreu pelo fato de ele estar ausente do auditório, quando foi chamado). Quando a profª Madselva falou "brilhantemente sobre democracia", alguns alunos do grêmio, que têm contato diário com ela, vaiaram discretamente.
Encaminhei então um bilhete a um dos participantes que conduzia os trabalhos naquela noite, solicitando um espaço de três minutos para falar sobre a situação do CEP. Negaram-me a palavra! Em seguida, o organizador do evento justificou que "não queria misturar as coisas, pois foram boicotados em muitos lugares e o único espaço aberto para o evento foi no CEP". A resposta dele foi mais ou menos como dizer que se o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, tivesse aberto espaço e prestado apoio para a realização do evento, ele provavelmente também seria convidado a falar sobre democracia. Dois alunos perguntaram-me, no final: "Professora Malu, você continua acreditando na democracia?" Respondi que sim e expliquei-lhes o porquê de tamanha convicção. Outros alunos que estavam próximos concordavam com a cabeça, enquanto eu falava. Apesar de ter me alongado um pouco na exposição dos motivos, senti que aquilo lhes trazia algum conforto e, em momento algum, eles demonstraram impaciência ou desinteresse. Vim para casa com o coração apertado e pensando: que lição estes jovens recebem diariamente dos adultos que deveriam ser sua referência? Quais serão os efeitos da nossa incoerência nas escolhas que os mais jovens farão, no modelo de sociedade no qual atuarão e pelo qual lutarão? Apesar da tristeza pelo que presenciei no auditório do CEP naquele dia, teimosamente mantenho a esperança.
Fiquei sabendo que ontem, dia 26/06, os alunos fizeram, durante o evento, uma manifestação pelas diretas, no auditório, no período da tarde, e já foram punidos pela ousadia. A direção da escola ordenou que fosse tirada dos representantes do Grêmio a chave da Rádio Intervalo. Eles sabem que virão novas retaliações, mas parecem não estar com medo. Na consciência destes estudantes, pelo menos destes, há de prevalecer a opção pela construção da sociedade que todos nós merecemos: mais justa, mais humana e mais solidária! O que está faltando, para que isso aconteça concretamente, é que os nossos políticos e também os especialistas que falam sobre democracia e direitos humanos sejam um pouquinho mais coerentes. COERÊNCIA, esta é a palavra!

Ps: O ex-aluno Joel Ramalho, ex-presidente do GECEP foi expulso do Colégio Estadual do Paraná pelo fato de ele ter assinado um documento, no início deste ano, comprometendo-se a não entrar nas dependências do Colégio Estadual do Paraná durante o turno da noite. O motivo? Ele é considerado um "agitador", o principal responsável pelas manifestações dos alunos por democracia, ocorridas no ano passado.

Profª Malu

terça-feira, 24 de junho de 2008

Ainda há muita luta a ser enfrentada

Em defesa da gestão democrática na educação

Por Carlos Ramiro de Castro

Problemas são derivados de um tipo de concepção que resulta em medidas equivocadas


Nos últimos meses, setores da mídia vêm promovendo interessante debate sobre a educação no Brasil. A cada nova avaliação de desempenho escolar, em nível nacional e internacional, ocorrem novas discussões sobre as razões e os responsáveis pelos sofríveis resultados alcançados. A educação, finalmente, parece estar no centro das atenções. Isto é bom.

Preocupa-nos, neste debate, o posicionamento de algumas autoridades, que debitam os problemas educacionais brasileiros a causas relacionadas à gestão dos sistemas de ensino e a uma suposta incompetência dos professores. Ou seja, as autoridades educacionais procuram "empurrar" aos profissionais da educação suas próprias responsabilidades quanto ao desempenho de nossos sistemas educacionais.

Para nós, os problemas da educação brasileira não se resumem à sua gestão. São derivados de um determinado tipo de concepção educacional que resulta em medidas equivocadas e distanciadas das necessidades da população. Trata-se de uma concepção ideológica bem definida quanto ao papel que a escola pública deve ocupar na nossa sociedade, cujo objetivo central seria o oferecimento de um instrumental mínimo para inserção das parcelas mais pobres da população no mundo do trabalho em funções subalternas e, evidentemente, mal remuneradas.

É, devido a esta concepção, que não se investem recursos suficientes na escola pública e não se buscam políticas de qualificação profissional em serviço para todos os professores; não se implementam condições de trabalho adequadas para o conjunto das escolas e do magistério; não se desenvolvem políticas salariais e de valorização profissional para o conjunto dos profissionais da educação; não se constroem planos de carreira e de evolução profissional condizentes com as necessidades dos docentes; não se implementam políticas de gestão educacional verdadeiramente democrática e participativa.

Hoje a sentença da moda entre muitos dirigentes da educação pública é "premiar o mérito". No estado de São Paulo, este é o norte de todo o conjunto de concepções pedagógicas da atual gestão da Secretaria de Educação. Nos países onde são aplicadas políticas de pagamento de prêmios em dinheiro aos supostamente "melhores", como é o caso de Portugal, os resultados têm sido desastrosos.

O que está na essência da idéia de "mérito" na escola pública é, em primeiro lugar, a negação do trabalho coletivo como essência do processo educacional. O ofício de ensinar é visto como uma atividade individual e competitiva.

Tenta-se modernizar a velha crença no "sacerdócio" da atividade docente. Procura-se passar à opinião pública que pode haver "mérito" sem formação adequada, sem infra-estrutura escolar, sem plano de carreira, sem incentivo à progressão profissional, sem debate sobre as políticas educacionais, sem salários dignos.

Que possibilidade de "mérito" pode haver entre professores que são obrigados a dar aulas em duas ou três escolas para obterem uma remuneração apenas suficiente para uma sobrevivência digna? Que "mérito" é possível em escolas inseguras, decadentes, onde são ausentes laboratórios, bibliotecas, salas de informática e uma série de outros equipamentos fundamentais ao processo de aprendizagem?

O que pretendem os defensores da política de valorização do mérito individual dos professores como critério determinante para a remuneração destes profissionais, é isentar o Estado de suas obrigações. Não há nenhuma novidade: é a política de Estado mínimo, tão cara aos neoliberais e que nada tem de social-democrata. Quanto menos Estado, melhor.

Os professores querem, sim, ser avaliados mas se recusam aceitar que esta avaliação seja baseada em critérios obscuros, que seja utilizada para pagamento de "prêmios" e "bônus" individuais e não para a melhoria salarial dos professores, através da evolução na carreira.
A escola que temos é desenhada e formulada bem distante das comunidades escolares. Não apenas no Brasil, mas na maioria dos países pobres. Ela mimetiza modelos que não necessariamente correspondem às necessidades objetivas e subjetivas das suas populações.
Se a escola pública não se abrir à comunidade e não desenvolver mecanismos que possam buscar e envolver os milhões de adultos e crianças que estão fora dela, trazendo-os e mantendo-os inseridos no processo educacional, de nada adiantarão as campanhas de alfabetização, nem os apelos à escolarização.

Nos interessa, e muito, um profundo debate sobre a educação brasileira. Queremos rediscutir a Lei de Diretrizes e Bases, o Plano Nacional de Educação, os parâmetros curriculares e as concepções educacionais. Muito além do que pretendem algumas autoridades educacionais do nosso País.


Carlos Ramiro de Castro é professor e presidente da Apeoesp

Fonte: http://www.apeoesp.org.br/especiais/gestao_democratica.html

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Pirro

Segunda-feira, 23/06/2008 - Hoje no Paraná-Online
ET CETERA etcetera@oestadodoparana.com.br

Vitória de Pirro

ET CETERA [22/06/2008]



Por mais antiética que seja a nomeação, tudo indica que Roberto Requião conseguirá fazer do irmão Maurício conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). E sem maiores percalços políticos. Fortemente empenhado em garantir ao parente preferido um cargo público vitalício e muito bem remunerado, o governador meteu a mão na massa e manobrou pessoalmente as articulações para ter certeza que nada dará errado. E ele conseguirá. O caçula será alçado ao paraíso do serviço público. Esta será uma conquista maiúscula para Maurício, mas, ao mesmo tempo, representará uma derrota acachapante para o Roberto. É previsível. O desgaste gerado pela nomeação será incomensurável e receberá a repulsa popular. O povo detesta esse tipo de imoralidade.

Título

A expressão que dá nome à coluna de hoje é utilizada para expressar uma vitória obtida a alto preço, e que, em regra, acarreta prejuízos irreparáveis. O termo tem origem em Pirro, general grego que, tendo vencido a Batalha de Ásculo contra os romanos com um número considerável de baixas, ao receber os parabéns pela vitória tirada a ferros, teria dito, preocupado: “Mais uma vitória como esta e estou perdido”. Requião, certamente, estará.

Só aparência

Ao contrário do que pode parecer, não é fácil para o governador abrir mão de seu próprio prestígio para beneficiar o irmão. A credibilidade de Roberto, que já patina, vai afundar de vez.

Bom parente

Se há um mérito na manobra pró-Maurício é a prova viva de que Requião não teme sacrificar o próprio pescoço em nome da família.

A irmandade está acima de tudo, inclusive do interesse público. O ônus a ser assumido pelo chefe do executivo é de tal monta que as candidaturas apoiadas por ele em outubro, como a sua própria ao Senado em 2010, devem sofrer um revés letal. O que já estava ruim, tende a piorar.

Belezura!

O cargo de conselheiro é atrativo para qualquer mortal, mas sobretudo para o ainda secretário de Educação. Sem a proteção do irmão-governador, ele pode naufragar (e se complicar), sobretudo devido às investigações administrativas e criminais a que responde no próprio TCE e no Ministério Público. De quebra, vale frisar que a posição de membro da Corte de Contas é “imexível” e remunera com um salário mensal superior a R$ 20 mil, o teto do funcionalismo.

Permanência

Como tem 54 anos, Maurício Requião permanecerá no Conselho do Tribunal por mais de 15 anos. A aposentadoria compulsória acontece somente aos 70. O presentão do Roberto é, indiscutivelmente, de quem ama de forma incondicional.

O caçula dos Mello e Silva deve ser grato ao mano protetor para o resto da vida.

domingo, 22 de junho de 2008

LARANJA INDIGESTA III

Goela abaixo
Fábio Campana [20/06/2008]Paraná Online



Requião acredita que somou os votos necessários para aprovar o nome do irmão caçula, Maurício, na Assembléia Legislativa. Quer dar ao mancebo a imunidade de conselheiro do Tribunal de Contas. A República do Cangüiri vislumbra longo e rigoroso inverno pela frente. Não há chance de que Requião volte ao poder depois deste mandato. Estará perto dos oitenta quando encerrar um possível mandato de senador depois desta. É natural e até compreensível que a horda comandada por Requião se preocupe com o futuro. Ele mesmo tem dito aos deputados a quem pede o voto para Maurício: o que será dele depois do fim do governo? A preocupação não é com a situação financeira do secretário da Educação que, entre outras, instalou televisores laranja nas salas de aula depois de interessante pregão eletrônico vencido pela empresa Cequipel, fornecedora de móveis que por coincidência foi a grande doadora da campanha de Requião. Imaginem o resto. É com a situação pessoal de Maurício Requião que a família se preocupa. Imaginem ele dentro de dois anos, perante um governo adverso que decida bisbilhotar as suas contas e encontrar irregularidades. Ora, pois, o Tribunal de Contas é o lugar certo para quem teme o julgamento das suas contas. É por isso que Requião e sua excelentíssima família insistem na necessidade de nomear o moço para o tribunal de Contas. Vale tudo. Requião tem se empenhado pessoalmente, conversa com adversários e até os leva para almoçar no Palácio, como fez com o tucano Ademar Traiano, que saiu sorridente na foto em que é agasalhado por Requião. Assim é a política nestas latitudes. Ninguém duvida que Maurício vai para o Tribunal de Contas, consumando mais um episódio da trajetória da família Requião no poder no Paraná, sem dúvida a maior expressão de nepotismo que já se viu nesta área do planeta.

LARANJA INDIGESTA II

Maurício segue suspeito
ET CETERA [21/06/2008]Paraná Online



Para o bem da verdade, a coluna amplia a análise acerca do que decidiu o pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE) a respeito da consulta formulada pelo secretário estadual da Educação, Maurício Requião, sobre a compra dos 22 mil televisores alaranjados. Por 4 votos a 3, os conselheiros afirmaram ser adequada a modalidade de pregão eletrônico para este tipo de licitação. E só. A decisão do pleno não fez nenhuma referência aos valores pagos pelos equipamentos, tampouco ao fato de a vencedora da concorrência ter sido a Cequipel, curiosamente a maior doadora da campanha à reeleição de Roberto Requião. Dessa forma, a dúvida sobre o suposto superfaturamento do negócio levantado pela oposição e uma eventual facilitação à empresa no processo licitatório está em aberto. Assim, o irmão-secretário mantém-se como esteve até então: na posição de suspeito.

Duas frentes

No Ministério Público, a investigação das TVs laranja segue em curso na promotoria de Defesa do Patrimônio Público, sob a responsabilidade do promotor Maurício Cirino dos Santos. Já no TCE o processo da licitação está sendo acompanhado pela 2.ª Inspetoria de Contas.

O óbvio

A declaração de que o método de concorrência eletrônica é lícito trata-se de uma obviedade, tanto quanto chover no molhado. A tecnologia, se corretamente utilizada e sem falcatruas, é moderna, segura e correta.

Discurso

Como precisa limpar a imagem pública de Maurício, é previsível que o governador tente usar da decisão do TCE como se fora uma sentença ampla de absolvição, como se as suspeitas tivessem sido todas dirimidas. A estratégia seria típica do que se conhece do estilo Requião. A conferir.

Para lamentar

A preocupação em agradar o governo fez com que o voto do relator Artagão de Matos Leão ficasse muito parecido com aquele que havia vazado à imprensa há algumas semanas. Inexplicavelmente, o conselheiro achou por bem comentar o que considera ser "utilidade pública da compra", a "importância dos televisores para os alunos da rede estadual" e "a aprovação das contas da Secretaria de Educação no exercício de 2006, ano da licitação". Ficou feio demais.

Paredão

Via de regra, o presidente do TCE não vota, salvo em caso de empate. Foi justamente o que aconteceu. O governo deve estar muitíssimo grato quanto à posição de Nestor Baptista.

Não deu

Por conta do teor da decisão e do placar apertado, a secretaria da Educação sai frustrada, visto que esperava que a resposta do Tribunal encerrasse definitivamente a discussão dos televisores. De concreto, todavia, está o fato de que o julgamento em nada diminuiu a existência de restrições à indicação de Maurício como novo conselheiro do TCE. E ponto.

sábado, 21 de junho de 2008

Disparate dos disparates: onde será o evento? No Colégio Estadual do Paraná.

Caravana da Anistia do Ministério da Justiça no Paraná

Elizabete Castro [20/06/2008]Paraná Online




A Caravana da Anistia do Ministério da Justiça estará em Curitiba, nos dias 25, 26 e 27 de junho, para uma sessão de julgamento de processos de perseguidos políticos do Paraná.

Militantes, ex-presos políticos, autoridades e convidados se reúnem no Colégio Estadual para mais uma rodada do projeto, que vem percorrendo todos os estados brasileiros e passará também por alguns países da América Latina.


Várias personalidades serão homenageadas por sua contribuição à resistência e à construção do Estado Democrático. Entre elas, estão o governador Roberto Requião (PMDB) e o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB).

Requião foi o responsável pela abertura dos arquivos da Dops (Delegacia de Ordem e Política Social), em 91, no seu primeiro governo. Beto foi o autor da lei estadual que concede indenização a ex-presos políticos.

A abertura será às 18h30 horas, no dia 25, no auditório do Colégio Estadual. No Paraná, a reunião está sendo promovido pelo Grupo Tortura Nunca Mais e terá a participação do ex-Secretário de Direitos Humanos, Nilmário Miranda.







Programação
Quarta Feira – 25 de junho 14:00 Abertura
16h A LUTA PELA ANISTIA NA CONSTRUÇÃO DO ESTADO DE DIREITO DEMOCRÁTICO NO BRASIL
- Dr. Luiz Eduardo Grenhald (a confirmar)
- Nelson Martinez - Federação dos Aposentados e Pensionistas de S. Paulo – Dpto de Anistiados Políticos
18h30 MEMÓRIAS REVELADAS, DEPOIMENTOS PARA A HISTÓRIA, MEMORIAL DA ANISTIA
- Jaime Antunes (diretor geral do Arquivo Nacional do Brasil)
- Daysi Lúcia Ramos de Andrade (diretora do Arquivo Público do Paraná)
- Eduardo Pazinato (Projeto Memorial – Comissão de Anistia do Ministério da Justiça)
20h OPERAÇÃO CONDOR – UMA ARTICULAÇÃO MULTINACIONAL DO TERROR
- Dr. Jair Krischke (Movimento de Justiça e Direitos Humanos /RS).

5ª. Feira – 26 de junho
10h - atividade paralela do GTNM :Caminhada e Ato Público
14h O DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE
- Nilmário Miranda - ex-Secretário Especial de Direitos Humanos
- Dr. Perly Cipriano – Subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos
16h TORTURA E IMPUNIDADE: IMPACTOS NA CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA BRASILEIRA
- Rose Nogueira - GTNM-Sâo Paulo
- Narciso Pires – GTNM-Paraná
- Victoria Grabois - GTNM-Rio de Janeiro
19h DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DA CARTA DE CURITIBA
SOBRE A ANISTIA POLÍTICA, ABERTURA DOS ARQUIVOS DA REPRESSÃO E RESPONSABILIZAÇÃO DOS TORTURADORES DO REGIME CIVIL-MILITAR

6ª. Feira – 27 de junho
9h Atividade cultural com músicas e poesias relembrando a luta pela democracia
11h O ESTADO BRASILEIRO E A ANISTIA POLÍTICA
- Dr. Paulo Abraão Pires Junior – Presidente da Com. de Anistia – MJ
14h CARAVANA DA ANISTIA
Sessão de Julgamento de processos de perseguidos políticos do Paraná pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça
20h Encerramento e homenagem aos homens e mulheres que lutaram pela democracia no Brasil durante a Ditadura Civil-Militar

OUTRAS ATIVIDADES DO EVENTO
1-COLETA DE DEPOIMENTOS DE MILITANTES POLÍTICOS DO PROJETO “DEPOIMENTOS PARA A HISTÓRIA”
(Projeto conjunto: Arquivo Público do Paraná e GTNM-PR)
- Estúdio de áudio-visual para colher depoimentos em vídeo de militantes que lutaram contra a ditadura.
- Material para o acervo do Arquivo Público e do GTNM-Pr a ser disponibilizado ao público.
2- Exposição de painéis do GTNM-PR e ARQUIVO PÚBLICO DO PARANÁ com imagens sobre o período da Ditadura
3- Exposição de arte sobre a repressão no período da ditadura

PROMOÇÃO:
Grupo Tortura Nunca Mais do Paraná
Arquivo Público do Paraná
Secretaria Especial dos Direitos Humanos (Gov. Federal)
Comissão de Anistia do Ministério da Justiça

ATIVIDADE DO GTNM-PR PARALELA AO EVENTO:

CAMINHADA E ATO PÚBLICO
DIA 26 DE JUNHO – QUINTA-FEIRA ÀS 10h
CONCENTRAÇÃO NA PRAÇA SANTOS ANDRADE (ato público na Boca Maldita)
-PELA ABERTURA DOS ARQUIVOS DA REPRESSÃO
- PELA RESPONSABILIZAÇÃO E PUBLICIZAÇÃO DOS TORTURADORES DO REGIME CIVIL-MILITAR
- COMEMORAÇÃO DOS 40 ANOS DA PASSEATA DOS CEM MIL NO RIO DE JANEIRO CONTRA A DITADURA

INFORMAÇÕES: 41-3078-1658 e 41-8401-2874

sexta-feira, 20 de junho de 2008

LARANJA INDIGESTA

Gazeta do Povo Sexta-feira, 20/06/2008
Celso Nascimento (celso@gazetadopovo.com.br )

O voto do conselheiro Acácio

Os que acompanharam a sessão plenária do Tribunal de Contas, ontem, ficaram sem saber se estavam diante do conselheiro Artagão de Mattos Leão ou de outro conselheiro, o Acácio – personagem de Eça de Queirós celebrizado pela obviedade vazia de suas observações –, quando ouviram a seguinte frase: “O pregão eletrônico é uma modalidade de licitação que se aplica à aquisição de bens comuns.”

A frase consta do voto apresentado por Mattos Leão ao responder à consulta do secretário da Educação, Maurício Requião, sobre a legalidade da compra dos famosos 22 mil televisores laranja. A aquisição foi feita em dezembro de 2006 por meio de pregão eletrônico e não por concorrência pública, como, segundo entendem os juristas, manda a lei.

Mattos Leão recorreu à obviedade, pois o que disse é exatamente o que prescreve a lei 5.450/2005, segundo a qual a modalidade de pregão eletrônico só se aplica à aquisição de bens comuns – isto é, àqueles padronizados e encontráveis nas prateleiras. O óbvio era tamanho que o voto acaciano não tinha como não ser aprovado. E de fato o foi pela maioria.

Norma

Mas é justificável que a resposta tenha sido assim. Por dois motivos. O primeiro, para não desagradar dos irmãos Requião; o segundo, para cumprir a norma de que o Tribunal só pode responder consultas em tese, nunca sobre casos concretos e despesas já realizadas.

Então, o jeito foi arrumar um modo de responder em tese. Com isso, habilmente, o conselheiro Mattos Leão – tal como faria o conselheiro Acácio – evitou enredar-se nas complicações que, concretamente, o caso apresenta.

Por exemplo: televisor na cor laranja é um bem comum? Pode ser encontrado nas prateleiras ou é preciso pedir a um fabricante que o produza especialmente nessa cor? Todas as demais características técnicas exigidas pelo edital podem ser encontradas reunidas num só tipo de aparelho? Se não, o bem licitado não é comum; é preciso fabricá-lo especialmente.

Se tivesse desenvolvido esse raciocínio, o conselheiro Artagão teria de afirmar que a tevê laranja de Maurício Requião só poderia ser comprada por meio de concorrência. Logo, teria dito que o pregão eletrônico foi ilegal. Coisa que não tinha sido combinada.

Laranja azeda II

Jornal do Estado 20/06/2008

TC dá aval às televisões laranja
Conselheiros ignoraram pareceres técnicos sobre o julgamento de “casos concretos”
Juliana Sartori
Jonas Oliveira

Artagão: conselheiro alegou interesse público para consultaPara a satisfação do governo Requião, o Tribunal de Contas do Estado finalmente votou e aprovou ontem o julgamento em tese da consulta do secretário de Estado da Educação e irmão do governador, Maurício Requião, sobre a legalidade da compra dos 22 mil televisores laranjas, adquiridos pela SEED, em dezembro de 2006, a um custo inicial de R$ 18,9 milhões. Com a decisão, o secretário tem nas mãos um documento que o ajuda a legitimar a negociação das TVs Laranjas e assim ter argumentos para tentar rebater as acusações de ilegalidade no negócio. Maurício é candidato a uma vaga de conselheiro do TC, com o apoio do governador e da base do governo na Assembléia, e que deve ser votada pelos deputados estaduais antes do recesso parlamentar de julho.

Na sessão de ontem do tribunal, os conselheiros fizeram algumas ressalvas durante discussão e voto, mas resolveram contrariar os pareceres da Diretoria Jurídica (Dijur) e do Ministério Público Junto ao TC (MPjTC), que afirmam que a Casa não deve se pronunciar em casos concretos, ou seja, aqueles que já foram efetivados e que a eles cabem julgamento em outras instâncias.

O conselheiro Artagão de Mattos Leão, relator do processo, considerou que a consulta requerida por Maurício Requião poderia ser feita na casa. Também de acordo com seu texto, aprovado pelos colegas, a compra realizada por meio de pregão eletrônico foi considerada legal. Mattos Leão lembrou ainda que, apesar das constantes de denúncias que envolvem a compra dos televisores, as contas de 2006 da Secretaria de Educação foram aprovadas sem ressalvas, por isso, não via motivo para contestação.

O relator, em seu parecer, não considerou o preço ou a função dos televisores, apenas a forma como aconteceu a compra feita pela Secretaria.

Vazamento - Na realidade, a sessão de ontem apenas confirmou as informações do parecer de Mattos que haviam vazado à imprensa há algumas semanas. O pedido passou por um pedido de adiamento e outro de vistas, feito pelo conselheiro Jaime Tadeu Lechinski, no início do mês, até ser finalmente julgado. Foi esse o tempo que Leão teve para resolver a situação constrangedora na qual foi colocado. Teria que decidir entre ir contra os pareceres técnicos sobre a possibilidade da consulta ou contrariar a vontade do secretário, que é irmão do governador Requião e também o indicado pelo governo para assumir a vaga do conselheiro aposentado Henrique Naigeboren. Ou seja, seu provável colega no TC.

Desde que foram implantado o programa das TVs multimídia, os deputados de oposição ao governo questionam o que consideram exagero no preço dos aparelhos, que custaram R$ 860 cada, além de afirmarem que os aparelhos não seriam tecnologicamente adequados para cumprir as suas alegadas funções pedagógicas.

A oposição calcula que o superfaturamento na compra dos equipamentos pode ter chegado a mais de R$ 5 milhões. E que o custo total para implantação do sistema das TVs nas escolas estaduais já chegaria próximo dos R$ 25 milhões. Em pregão eletrônico, realizado no último dia 14 de dezembro, foram adquiridos racks para colocação do equipamento nas salas de aula, resultando em nova despesa de R$ 2.355.349,08. Para equipar os televisores, a SEED também adquiriu pen-drives (pentes de memória) no valor total de R$ 2,6 milhões.

Os televisores foram adquiridos da empresa Cequipel Indústria de Móveis, que foi a maior doadora (R$ 645 mil) para campanha de Requião em 2006. A Cequipel venceu a licitação quarenta dias depois do segundo turno da eleição em que o peemedebista foi reeleito.

Laranja azeda I

--------------------------------------------------------------------------------
Blog do Zé Beto

Moderno e cavernoso
20 Jun 2008 - 14:43
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná é o mais moderno do país, por conta do seu excepcional corpo técnico e informatização. Ao mesmo tempo, o plenário que abriga os sete conselheiros é capaz de cometer barbaridades cavernosas como a resposta dada ontem a uma consulta feita pela Secretaria da Educação a respeito da nebulosa compra dos famosos 22 mil televisores cor de laranja que custaram quase R$ 20 milhões aos cofres públicos. O TC nunca responde a consulta de fato concreto, ou seja, de coisa que já aconteceu, como neste caso. Respondeu agora por que? Se alguém disser que o jogo político do Centro Cívico não atravessa aquela ponte sobre o espelho d’água e adentra os principais gabinetes, é cego, surdo e mudo. Quatro conselheiros são ex-deputados estaduais: o presidente Nestor Baptista, o próprio relator, Artagão de Mattos Leão, Heinz Herwig e Hermas Brandão. Os quatro votaram para que a resposta contida no relatório de Mattos Leão fosse dada. Coincidência, não? Votaram contra o conselheiro Fernando Augusto Guimarães e os auditores Sergio Ricardo e Ivens Linhares. Baptista votou porque o presidente desempata a questão. Como se sabe, há menos de um mês houve um bafafá dos diabos porque o parecer do relator vazou antes da reunião e caiu no colo no jornalista Celso Nascimeto, da Gazeta do Povo. Foi publicado na íntegra aqui enquanto Mattos Leão, fulo da vida, negava a autoria e o Nestor Baptista dizia que era um rascunho. Uma lambança dos diabos. Uma cópia deste relatório circulou na Assembléia Legislativa nos gabinetes coroados, assim, como se fosse um recado a quem martela contra a milionária aquisição dos televisores: “olhaí, o Tribunal de Contas disse que está tudo ok”. Maurício Requião, o secretário da Educação que, misteriosamente, pediu o parecer do TC quando os televisores, segundo afirma o governo, já estão distribuídos e funcionando, um ano depois da aquisição junto à Cequipel, por acaso a maior financiadora da campanha do governador Roberto Requião e fabricante de móveis para escritório, bem, Maurício Requião é candidatíssimo a uma vaga aonde? No Tribunal de Contas, onde Henrique Naibeboren se aposentou. E quem elege o novo conselheiro? A Asssembléia Legislativa do Paraná. Juntando lé com cré temos uma teia de interesses que, expostas pelo vazamento do parecer antigo, produziu uma peça mirabolante, embalada pelos votos já citados. Ontem, ao cair da tarde, o plenário aprovou uma resposta afirmando que o pregão eletrônico utilizado para a aquisição da vultosa quantidade de televisores laranja, era a forma correta para tal. Não é uma beleza? Nem isso o TC deveria responder, mas respondeu porque… bem, vai ver que é por causa da vizinhança, que agora tem aquele papelucho que sempre apontam com orgulho informando que o negócio foi referendado pelo Tribunal de Contas.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Triste ironia: é difícil viver com salário de professor?

Gazeta do Povo

Vida Pública Quinta-feira, 19/06/2008
Conselheiro
Assembléia reacende disputa por cargo no TC

Publicado em 19/06/2008 | Caio Castro Lima

Com o anúncio da aposentadoria de Henrique Naigeboren do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TC), a disputa pela vaga voltou a ser discutida na Assembléia Legislativa. O deputado estadual Durval Amaral (DEM) disse ontem que ainda é candidato à função, mas quer aguardar os próximos acontecimentos para ver se mantém a posição. Já o deputado Caíto Quintana (PMDB) desistiu da briga. Toda essa movimentação se dá por causa da candidatura do secretário estadual de Educação, Maurício Requião (PMDB), irmão do governador Roberto Requião (PMDB).

Segundo o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), se a eleição para o cargo de conselheiro fosse hoje, Maurício teria a maioria dos votos. São os 54 deputados estaduais que votam e indicam o novo membro do TC. Ainda de acordo com Romanelli, o pleito que decidirá o nome do indicado deve ocorrer ainda neste semestre, antes do recesso parlamentar, que começa no dia 15 de julho.

Amaral afirmou que ainda está “lutando como um leão” nos bastidores, para convencer os colegas a votarem nele. Mas para alguns políticos que apóiam Amaral, o jogo contra a família Requião é “bruto e pesado”.

Os deputados contam que o governador tem chamado cada parlamentar para conversas reservadas e tenta convencê-los a votar no irmão. Com o fim do mandato requianista, Maurício voltaria, teoricamente, a ser professor da Universidade Federal do Paraná, com um salário, segundo os deputados, de R$ 1,8 mil mensais. Atualmente ele recebe cerca de R$ 11,5 mil como secretário de estado.

“Mas se o Maurício é o melhor secretário do Brasil, não precisaria da ajuda do irmão para deixá-lo bem empregado”, afirmou um deputado, que pediu para não ser identificado temendo reações negativas por parte do governo. O salário de um conselheiro do TC gira em torno de R$ 21 mil e é vitalício.

Lei orgânica

Os parlamentares contrários à indicação do secretário para o tribunal defendem ainda a tese de que ele ficaria impedido, pela lei orgânica do TC, de analisar contas de municípios onde o irmão teve 1% dos votos e das secretarias da gestão requianista. Para o procurador do Ministério Público Gabriel Guy Leger, que também é candidato a vaga de conselheiro, a história não é bem assim. “O impedimento do Maurício Requião seria somente quanto às contas do governo do estado e de repasses feitos pelo Executivo estadual para municípios através da Secretaria de Estado da Educação.”

José Iran Barbosa Filho, fazemos nossas as suas palavras!

GESTÃO DEMOCRÁTICA X AUTORITARISMO

*Valéria Ribas de Oliveira Assis

INTRODUÇÃO

A escola, pelo que observamos, nem sempre, ou diria, raramente, é pautada pelo princípio de que deva ser governada por interesses dos que estão envolvidos. Será que existe, na verdade, interesse em uma gestão democrática? Qual seria então o papel da democracia na escola?

Dentro de um contexto da rede pública, Observa-se pelo que tenho notado, que o gestor ou diretor escolar assume uma nova centralidade organizacional, sendo o que deve prestar contas pelos resultados educacionais conseguidos, transformando-se no principal responsável pela efetiva concretização de metas e objetivos, quase sempre centrais e hierarquicamente definidos. Neste sentido, esta concepção de gestão introduz uma nova nuance na configuração das relações de poder e autoridade nos sistemas educativos. Trata-se de uma autoridade cuja legitimidade advém agora da revalorização neoliberal do "direito a gerir" — direito este, por sua vez, apresentado como altamente convergente com a idéia neoconservadora que vê a gestão ao serviço de uma nova ordem social, política e econômica, com formas de avaliação que facilitam a comparação e o controle de resultados, embora no primeiro modelo se exija sempre a sua divulgação pública e no outro essa prestação de contas se faça diretamente às hierarquias de topo da administração.

SUTIL PODER DESMOBILIZADOR
Democracia refere-se à "forma de governo" ou a "governo da maioria"; então, torna-se claro, que as relações cotidianas no âmbito escolar, deveriam explicitar esta linha de ação, porém sabendo-se que toda gestão, pressupõe uma AÇÃO e a palavra ação é justamente o oposto da inércia, do comodismo, espera-se do gestor educacional atitudes compromissadas de construir, de fazer e o que observa-se são atitudes autoritárias, seguindo diria, uma linha horizontal, onde os princípios democráticos não se inserem; visto que a escola deve ser vista como um lugar privilegiado para a construção do conhecimento e como eixo base das relações humanas, viabilizando não só a produção de conhecimentos como também de atitudes necessárias à inserção neste novo mundo com exigências cada vez maiores de cidadãos participativos e criativos,

Seria para muitos, um exagero em considerar a gestão escolar na esfera pública, autoritária. Porém, partindo-se que o autoritarismo está ligado a práticas antidemocráticas e anti-sociais e estas, permeiam sutilmente a gestão das escolas públicas, creio sim, que este termo não estaria sendo utilizado aqui, neste artigo, de forma errada, a afrontar a administração pública.

A questão do controle, do poder aprisionado nas mãos de diretores e superiores ainda é prática constante. Administrar escolas é tarefa árdua, porém, dentro dos moldes do autoritarismo, legitima-se então, traumas antigos em que a sociedade se mostra ainda fragilizada, com medo, sem liberdade de se expressar e covardemente cedendo lugar às ideologias.

Percebe-se na gestão educacional, uma administração voltada com ações na verdade, reprodutoras de uma sociedade infelizmente alienada e passiva, ditando regras e não estabelecendo uma relação dialógica ideal com os envolvidos, estabelecendo meramente uma transmissão de ordens, alegando na maioria das vezes cumprirem determinações que lhes vem de cima não proporcionando assim, momentos para discussão.."... Todas as iniciativas de política educacional, apesar de sua aparente autonomia, têm um ponto em comum: o empenho em reduzir custos, encargos e investimentos públicos, buscando senão transferi-los e/ou dividi-los, com a iniciativa privada e organizações não governamentais"(ROSSI, 2001)

A participação é muitas vezes, limitada, controlada e puramente formal. A estrutura técnica se sobrepõe aos indivíduos envolvidos e o poder e a autoridade(leia-se: autoridade : como não prática social- sem visão crítica) se instalam de forma sutil , com obediência, dentro de uma perspectiva clássica de administração que repudia a participação, o compartilhar idéias, a liberdade para expressar-se , a deliberação de decisões e o respeito às iniciativas. A questão do controle ainda é muito forte e mesmo sabendo que o poder e a autoridade são necessários em muitos momentos dentro de várias organizações, intermediando e viabilizando ações criativas para melhora, observa-se ainda um controle rígido, um descompromisso e muito pouca participação da comunidade escolar como um todo (professores, pais, funcionários, lideranças de bairro) no processo da gestão escolar, causando assim automaticamente uma acomodação, em que as pessoas não se mobilizam para nada e ficam alheias, esperando sempre serem orientadas ou então aceitando passivamente tudo que venha das "autoridades competentes", sem quer que seja , nenhum questionamento crítico construtivo.

As atuais discussões sobre gestão escolar têm como dimensão e enfoque de atuação: a mobilização, a organização e a articulação das condições materiais e humanas para garantir o avanço dos processos socioeducacionais, priorizando o conhecimento e as relações internas e externas da escola.

"...Sou um homem de causas .Vivi sempre pregando,

lutando, como um cruzado, pelas causas que comovem.

Elas são muitas, demais: a salvação dos

índios, a escolarização das crianças, a reforma

agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária.

Na verdade, somei mais fracassos

que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa.

Horrível seria Ter ficado ao lado dos que

venceram nessas batalhas." (Darcy Ribeiro).

ESCOLA OU EMPRESA?

Nota-se com freqüência que esta suposta "gestão", se mascara como sendo democrática e acaba que atendendo de forma a não priorizar princípios básicos democráticos, ocasionando o aumento da produtividade, a massificação do indivíduo, afastando não só o caráter da coletividade , como também o diálogo e o processo decisório.

Esta tendência, gerencialista, que adquire certas especificidades quando adotada em instituições e serviços do Estado tem sido designada de nova gestão pública. Gestão esta com requintes de modelo empresarial, onde a escola se coloca a serviço da empresa, com metas a cumprir, atendendo "clientela", sendo o aluno na verdade, um mero número.

O uso da autoridade dentro de uma gestão educacional, deve ter o cuidado de não se estender a um modelo vertical, devendo essencialmente privilegiar as relações horizontais entre seus integrantes, mediando as discussões, as trocas de idéias, legitimando assim, verdadeiras ações democráticas.

Sabe-se o quanto somos facilmente manipulados, por vivermos em uma sociedade de consumo, porém não devemos esquecer que as organizações educacionais são melhores situadas que outras, para iniciar mudanças , começando no âmbito de suas relações internas, no trabalho educativo e logicamente na qualidade da gestão que viabiliza este trabalho.

Eliminar as desconfianças, incentivar a criatividade, a ousadia, a solidariedade e a boa convivência, são elementos básicos fundamentais ,que com certeza estruturam uma gestão democrática. É claro que estes princípios não se desvinculam da análise de um contexto político, social, ideológico e cultural num sentido amplo, mas mesmo assim, os principais atores deste espetáculo, são os educadores, peças chave na construção de uma gestão educacional digna e humanitária, com potencial de ação, motivadora e inovadora.

CONCLUSÃO
É necessário que o gestor garanta a participação das comunidades interna e externa, a fim de que assumam o papel de co-responsáveis na construção de um projeto pedagógico que vise ensino de qualidade para a atual clientela da escola pública e para que isso aconteça é preciso preparar um novo diretor, libertando-o de suas marcas de autoritarismo redefinindo seu perfil, desenvolvendo características de coordenador, colaborador e de educador, para que consigamos implementar um processo de planejamento participativo de representantes dos segmentos da comunidade interna (diretor, vice-diretor, especialistas, professores, alunos e funcionários) e externa (pais, órgãos/instituições, sociedade civil organizada, etc.), com um conselho não só consultivo, como também deliberativo (que não se vê há tempos).

"A esses que sempre se beneficiaram do autoritarismo que gerou a exclusão,

do centralismo que gerou a alienação, da falta de transparência que gerou a

corrupção e da irresponsabilidade que produziu a ignorância; temos que dar

um recado: [...] Não abriremos mão de construirmos o que já conquistamos

e não nos acomodaremos ante o sonho de sermos os próprios obreiros e

gestores do nosso mundo."(FILHO, José Iran Barbosa,professor da Rede

pública Estadual e Municipal de Aracaju e presidente do SINTESE).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

QUEIROZ, M. T. S. Desafios à educação num mundo globalizado. In:RBPAE v. 19, nº 1, jan/jun, 2003.

PARO, V. H. Gestão Democrática da escola pública. São Paulo: Ática, 2001.

PEDROZA, R. L. S., ALMEIDA, S. F. C. In: psicologia e Psicanálise (Re)pensando o sujeito na Educação. DOXA –Revista paulista de psicologia e Educação,1994

SANTOS FILHO, J. C.dos. Democracia Institucional na escola: discussão teórica. In: Rev. de administração Educacional, vol.1 nº 2. Jan/jun/98, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 1998.

*Valéria Ribas de Oliveira Assis:

é Pedagoga, graduada pela UNICAMP, publicitária e trabalha com Educação de Jovens e Adultos em Campinas. Faz parte de um Projeto chamado Letramento e Cidadania, que trata da inclusão das diversidades. É professora da FUMEC- Fundação Municipal de Educação Comunitária
Fonte: http://www.centrorefeducacional.com.br/gestdemaut.htm

Todos somos líderes, por isso não podemos desistir!

A LIÇÃO DOS GANSOS CANADENSES

Uma maravilhosa lição de vida pode ser obtida dos gansos selvagens canadenses que migram do Hemisfério Norte para o Sul. Como arautos de mudanças, quando partem, é prenúncio de frio. Ao retornarem, é chegado o verão.Guiados pelo sol e pelo campo magnético da Terra, cumprem a rota mais curta e só estabelecem grandes curvas para evitar desertos e oceanos.


Neste longo vôo, a formação do bando é a de um triângulo; ou, a rigor, de um majestoso V, cujo vértice está voltado para a frente. Nesta formação geométrica, cada pássaro da frente cria um vácuo para o de trás, rendendo ao grupo quase o dobro do aproveitamento com o mesmo esforço.


Da mesma forma, quando um conjunto de pessoas compartilha do mesmo objetivo e de forma organizada, é mais leve a tarefa de cada um e os resultados são extraordinários. Ao ganso da frente cabe a tarefa de dar direção ao bando. E, quando cansa, alterna a posição de ponta com outro pássaro. É o líder. Em seu peito, bate mais rajadas do vento forte, os pingos da chuva castigam seus olhos. Mas é ele, o líder, que tem as asas fortalecidas, que melhor vislumbra o horizonte, que melhor contempla as belezas do sol nascente e do sol poente.

Os problemas são como as rajadas de vento que nos fortalecem para enfrentarmos a vida com mais determinação. E Deus nunca nos dá tudo. Mas também não nos priva de tudo. E por maior que sejam as dificuldades, não permite embates maiores que a nossa capacidade de vencê-los.


Os líderes sacrificam muitas vezes a si próprios por uma causa relevante cujo maior prêmio não é o triunfo, mas a imensa satisfação do dever cumprido. E se fracassarmos "resta o conforto de que mais valem as lágrimas de não ter vencido do que a vergonha de não ter lutado".


Quando um dos gansos é ferido ou fica doente,incontinenti, dois deles saem da formação e lhe dão companhia e proteção. É a manifestação da solidariedade em se postar ao lado das pessoas em seus momentos difíceis. Quem não tem amor e amizade em seu coração, sofre da pior doença cardíaca.

Na formação angular, os gansos que vêm atrás grasnam freneticamente para motivar os da frente. Na convivência em grupo, não só é importante a nossa efetiva participação mas também as palavras encorajadoras.

...



Texto do autor: Jacir. J. Venturi

terça-feira, 17 de junho de 2008

Adiada mais uma vez!

Portal do Deputado Mauro Moraes

Notícias Eleições Diretas

Presidente da Assembléia adia votação de eleições diretas no CE para próxima semana



Curitiba, 16 de junho de 2008


Moraes concordou com o adiamento porque prefere a atenção dos parlamentares voltadas ao seu projeto, que imagina deverá ter muitos apartes e levará algum tempo para se chegar a um consenso. “Vamos, ainda, poupar os alunos da espera com a discussão longa de projetos que não são de interesse específico dos estudantes”, afirmou.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Perversa realidade

Blog do Fábio Campana

Paraná lidera exploração do trabalho infantil
Quinta-feira, 12 de Junho de 2008 – 21:10 hs

A realidade mais uma vez desmente a propaganda oficial. Na Região Sul, o Paraná é o estado que mais tem meninos e meninas trabalhando e fora da escola, segundo o IBGE. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2006) e indicam que 18,3% dos paranaenses entre 5 a 17 anos trabalham e não estudam.

Há 2,4 milhões de crianças de 5 a 17 anos no Paraná. Destas 318 mil trabalham, ou seja, 13% – número acima da média nacional, que é 11,5%.

Desse universo, 260 mil estão nas escolas e 58 mil estão fora. Em todo o Brasil há 5,1 milhões de crianças trabalhando. O Paraná ainda tem 7,5% de crianças que não trabalham, mas estão fora da escola, enquanto no Rio Grande do Sul há 9,1% e em Santa Catarina, 4,4%.

E ainda há quem comemore, como se o mérito do avanço fosse da rede pública. Será? Vamos aguardar!

Blog do Fábio Campana

Educação registra melhora, mas notas continuam baixas
Quinta-feira, 12 de Junho de 2008 – 20:19 hs

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é o principal indicador de qualidade da educação no país. Divulgado na quarta-feira pelo Ministério da Educação, os índices mais recentes revelam melhora em todas as etapas do ensino entre 2005 e 2007. As notas dos alunos, no entanto, mostram que o ensino brasileiro foi reprovado.
Na escala de 0 a 10, as médias nacionais ficaram abaixo de 5. Os dados são de 2007 e refletem o conjunto das médias de escolas públicas e particulares. No ensino fundamental, o Ideb das séries iniciais (1ª a 4ª série), o equivalente ao antigo primário, foi 4,2. Nas séries finais (5ª a 8ª série), ficou em 3,8 e, no ensino médio, em 3,5.

Apenas o Distrito Federal e o Paraná atingiram a média 5 no Ideb. Ainda assim, somente de 1ª a 4ª série, onde a responsabilidade administrativa é dos municípios. No Paraná as séries finais do ensino fundamental melhoraram de 3,6 para 4,2. No ensino médio a nota passou de 3,6 para 4,0. Estes dados podem ser considerados positivos, pois ao menos mostram que o foco do sistema educacional tem sido no aprendizado dos alunos.

Mas fica uma dúvida: os resultados divulgados misturam o desempenho de alunos da rede pública, inclusive dos colégios federais que tiram as notas mais altas, e das escolas privadas. O MEC minimiza o impacto das redes privada e federal, que representam 10% das matrículas. Como seriam os resultados se a metodologia fosse outra, mais complexa e analítica? Aguardam-se os dados da rede pública separados da privada.