sábado, 28 de março de 2009

Réquiem para a sala de História

Mais uma vez o Colégio Estadual do Paraná inova; aliás, a inovação vem ocorrendo frequentemente, é uma marca da atual direção não eleita. Primeiro a volta do velho livro de chamada, uma volta no tempo, aos idos de 1990. Depois o fim das planilhas eletrônicas e, finalmente, o livro ponto, este sim a novidade das novidades. O fordismo e o taylorismo ficariam orgulhosos dos mentores deste. E enquanto setores mais progressistas discutem o fim deste modelo, “nós” o implementamos...
Mas há ainda os bebedouros, logo depois a cantina, a rádio intervalo, o espaço de almoço para aqueles que dobram o turno – alunos, funcionários e professores -, o fim de algumas coordenações, e, finalmente o despejo de nossa sala de História.
Prontamente os apparatchik de plantão buscaram justificativas muito rápidas para defender tais “inovações”, e as falácias foram pronunciadas. Mas o fato é que a sala de História virou Mapoteca. Realmente os mapas são mais importantes do que a presença de professores; realmente os mapas precisam de um lugar especial, falam por si só, argumentam, discutem.
Tudo foi devidamente retirado da sala para não deixar memória, rastros de que um dia ali funcionou uma coordenação: a placa que identificava a sala talvez tenha sido a primeira a ser retirada. Aqui cabe uma lembrança: quando da invasão do Iraque por tropas norte americanas, a primeira ação foi justamente mudar nomes de ruas para a língua inglesa, mudando as placas...
Mas certamente a memória persistirá, porque toda tempestade não é para sempre, e a história ainda está por ser feita. Espera-se, apenas, que não inovem querendo que os mapas assinem ponto ou batam cartão.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Fantástica iniciativa

Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em Escolas públicas.
Trata-se de um movimento de apoio à idéia do senador Cristovam Buarque, que era candidato a presidente com a proposta da educação.Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública.As conseqüências seriam as melhores possíveis.. Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.
SE VOCÊ CONCORDA COM A IDÉIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM no seu dia-a-dia e pela internet (em cópia oculta e apague o endereço de quem lhe enviou, para evitar SPAM).. E ajude a REALIZAR essa idéia. Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país. O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.
http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166
PROJETO DE LEI DO SENADO Nº , DE 2007 Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Os agentes públicos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal são obrigados a matricular seus filhos e demais dependentes em escolas públicas de educação básica.
Art. 2º Esta Lei deverá estar em vigor em todo o Brasil até, no máximo, 1º de janeiro de 2014.
Parágrafo Único. As Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas Estaduais poderão antecipar este prazo para suas unidades respectivas.
JUSTIFICAÇÃO: No Brasil, os filhos dos dirigentes políticos estudam a educação básica em escolas privadas. Isto mostra, em primeiro lugar, a má qualidade da escola pública brasileira, e, em segundo lugar, o descaso dos dirigentes para com o ensino público.
Talvez não haja maior prova do desapreço para com a educação das crianças do povo, do que ter os filhos dos dirigentes brasileiros, salvo raras exceções, estudando em escolas privadas.
Esta é uma forma de corrupção discreta da elite dirigente que, ao invés de resolver os problemas nacionais, busca proteger-se contra as tragédias do povo, criando privilégios.
Além de deixarem as escolas públicas abandonadas, ao se ampararem nas escolas privadas, as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de se beneficiarem de descontos no Imposto de Renda para financiar os custos da educação privada de seus filhos.
Pode-se estimar que os 64.810 ocupantes de cargos eleitorais - vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores e seus suplentes, governadores e vice-governadores, Presidente e Vice-Presidente da República - deduzam um valor total de mais de 150 milhões de reais nas suas respectivas declarações de imposto de renda, com o fim de financiar a escola privada de seus filhos alcançando a dedução de R$ 2.373,84 inclusive no exterior. Considerando apenas um dependente por ocupante de cargo eleitoral.
O presente Projeto de Lei permitirá que se alcance, entre outros, os seguintes objetivos:
a) ético: comprometerá o representante do povo com a escola que atende ao povo;
b) político: certamente provocará um maior interesse das autoridades para com a educação pública com a conseqüente melhoria da qualidade dessas escolas.
c) financeiro: evitará a "evasão legal" de mais de 12 milhões de reais por mês, o que aumentaria a disponibilidade de recursos fiscais à disposição do setor público, inclusive para a educação;
d) estratégica: os governantes sentirão diretamente a urgência de, em sete anos, desenvolver a qualidade da educação pública no Brasil.
Se esta proposta tivesse sido adotada no momento da Proclamação da República, como um gesto republicano, a realidade social brasileira seria hoje completamente diferente. Entretanto, a tradição de 118 anos de uma República que separa as massas e a elite, uma sem direitos e a outra com privilégios, não permite a implementação imediata desta decisão. Ficou escolhido por isto o ano de 2014, quando a República estará completando
125 anos de sua proclamação. É um prazo muito longo desde 1889, mas suficiente para que as escolas públicas brasileiras tenham a qualidade que a elite dirigente exige para a escola de seus filhos.
Seria injustificado, depois de tanto tempo, que o Brasil ainda tivesse duas educações - uma para os filhos de seus dirigentes e outra para os filhos do povo, como nos mais antigos sistemas monárquicos, onde a educação era reservada para os nobres.

Diante do exposto, solicitamos o apoio dos ilustres colegas para a aprovação deste projeto.
Sala das Sessões, Senador CRISTOVAM BUARQUE ..

Eleições diretas

Blog do Fábio Camapana (www.fabiocampana.com.br)

Eleições diretas no Colégio Estadual, pedem professores, pais e alunos


Professores, pais, alunos e funcionários do Colégio Estadual do Paraná vão cobrar da Mesa da Assembléia a inclusão imediata na pauta de votações do projeto de lei de autoria do deputado Mauro Moraes que prevê a realização de eleições diretas para a escolha da diretoria.

Para Moraes, a direção atual não tem legitimidade para permanecer, tal a rejeição da comunidade escolar. Os diretores assumiram suas funções nomeados pela Secretaria de Educação.



Comentários
ex aluno Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 11:46 hs
desde a saída da sra adelia em 2003 esse colégio virou uma zona!

Pedro Vigário Neto Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 11:51 hs
- Por que o Requião não libera Eleições Diretas ?

- Afinal, o Requião tem medo de que ?

- Que exemplo é este que ele esta dando ?

- Não esqueçam: nas próximas eleições vamos substituir 100% dos atuais políticos (vamos tentar, até acertarmos),

Abraço.

Luis Kutax- Ctda Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 12:16 hs
COM O REQUIÃO ACHANDO QUE ATÉ O STF TEM QUE OBEDECE-LO, QUANTO MENOS ELEIÇÃO DIRETA DO COLEGIO ESTADUAL, ONDE ELE MANDA E NÃO PEDE.

BREAK Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 12:29 hs
para os Estudantes nunca mais votar em Requião ou em quem ele estiver apoiando. ele é um ditador

Tereça Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 12:35 hs
É um absurdo essa ditadura!!!
Ja fui aluno do estadual e votei no diretor que achei que seria melhor para o colegio por que não é assim hoje???
Vamos para a Assembleia Legislativa!!!
Vamos precionar os deputados para votar no projeto do Mauro Moraes!!

Osmar Bugalski Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 12:41 hs
Como as pessoas tem memoria curta. As eleições diretas feita pela comunidade escolar começou nesse Governo, antes era indicação. No Colégio Estadual do Paraná, sempre foi desta maneira, por indicação, por que será que o Colégio Estadual do Paraná, que já foi o melhor da América Latina encomoda tanto? Mauro Morais, vai cuidar dos projetos da Assembléia. Realmente as pessoas tem memoria curta, que pena, quem paga é o povo.

souza naves Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 13:06 hs
fui aluno do estadual a um tempo, nesse periodo que estive me lembro bem ,havia eleição normal como é nos outros colégios tanto para diretor e tambem para eleição de gremio estudantil ..nosso governo entra e delega poderes para esse ou para a quele sem houvir a parte que mais interessa ..pais da ditadura estamos revivendo com a era dos requiões..ou sera medo de diputadar.. podendo assim perder…estranho hem..

CHAVES Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 13:08 hs
Isto é resquicio do autoritarismo requiânico ao melhor estilo Hugo Chaves. Cade os “democratas” do pmdb para pedir por eleições diretas? Por que só o CEP não? Cade o “melhor secretário de educação do mundo”? Fora rei do nepotismo, o fim está próximo, poucos dias, Imosec para o secretariado que vai ficar desmpregado!

cleverson Luiz Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 13:24 hs
Deve sim ter eleições diretas, pois, se o eleito não estiver correspondendo a altura em seu cargo, na próxima com certeza não voltará a ser eleito.Os alunos e pais devem ter o direito de escolher, quem vai ficar a frente da direção, como em qualquer outro colégio. A propósito perguntar não ofende, esta tal de MADSELVA é parente do Requião, ou é parente de algum aliado seu, ou…

Raquel K.M. Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 13:38 hs
que bom, já era hora de finalmente terminarem E APROVAREM o projeto de eleições diretas do estadual. A atual diretora não só não tem legitimidade como toma atitudes totalmente autoritárias! Absurdos e mais absurdos tem tomado o colégio desde 2007! a verdade é que a direção de um colégio tão grande quanto este não pode ser um palco político! o CEP mais do que tudo é um colégio, e deve ter seus interesses e necessidades educacionais satisfeitos… rumo a uma melhora na educação! E não um joguete de aparências onde tudo esta bom já que ninguém pode dizer o contrário..”pois paz sem voz, não é paz é medo”

PATRIARCA Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 13:40 hs
Essa é a postura do palascista ditador, no entanto, a alegação da Sr. Sandra da Secretaria da Educação é a mesma para realidade vivida no “quintal” da casa do ditador - colégio Newton Freire Maia - em referência a conjuntura do antigo parque da ciência; “É uma administração diferenciada” Será que o nosso Digníssimo Governador desconhece o sentido da Democracia num estado comum de direito?…De fato, o governador prefere abrigar a familia na teta do Estado e continuar com essa política sem vergonha que envergonha o PMDB nacional.

Profª Malu Rocha Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 13:51 hs
É uma excelente oportunidade para a Assembléia Legislativa agir em defesa de uma educação pública de qualidade, que não está garantida apenas com a eleição do diretor, embora este seja um importantíssimo passo. Todos os educadores, políticos e cidadãos conscientes e realmente comprometidos com a educação emancipadora sabem quais são as outras variáveis imprescindíveis para garantirmos aos nossos estudantes, principalmente aqueles das classes menos privilegiadas, oportunidades iguais, na vida e no mundo do trabalho. Esperamos uma resposta positiva daqueles que foram eleitos para defender os interesses do povo!

O Povo Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 13:52 hs
Existe uma posição que os político morrem de medo, que é a da perda de votos, então a maneira de Professores, Pais de Alunos e Alunos protestarem, é precionarem os senhores Deputados na Assembléia Legislativa, para alterarem está situação jurídica do Colégio Estadual que vigora desde os anos 60, mudem a Lei absurda, e devolvam ao Colégio Estadual a população estudantil, educacional e familiar do mesmo!

Ricardo
Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 14:06 hs
Até no Colégio Estadual Requião quer mandar?
Moro no litoral do Paraná e tá dificil acreditar que os alunos ainda estão de braços cruzados.
Jovens, se vcs conseguiram derrubar um presidente corrupto, uma Madselva é fichinha. A opnião pública esta do lado de vcs. Panelaço e cara-pintada JÁ!!!!!

professora Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 14:20 hs
Desde os últimos acontecimentos no CEP, que vejo com muita tristeza o “desmoronamento” do colégio, que está sendo administrado pelo orgulho e pela vaidade da atual diretora. Professores que passaram por várias gestões na instituição, só tendem a lamentar tudo que está ocorrendo, por isso, as Diretas para Diretor não podem mais serem prorrogadas . Chega de hipocrisia! Não podemos mais ser perseguidos e calados, por expressarmos idéias contrárias.É caráter emergencial reerguermos o CEP, não podemos mais perder tempo!!

Professor Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 14:34 hs
O povo tem mesmo memória curta… Com certeza o Estadual já foi um dos melhores da América Latina, mas com certeza não o foi durante o governo Requião. Aliás, desde que ele assumiu o governo, em 2003, a qualidade do CEP vem despencando. Só não vê quem não quer enxergar, quem faz vista grossa para as políticas populistas deste governo que, para nossa sorte, já está quase no fim. Outra coisa: as eleições para diretor não começaram no governo Requião, pois desde os anos 80, ainda durante o regime militar, existiam processos eletivos nas comunidades escolares. A diferença é que não havia uma legislação estabelecida. Para clarear “a memória” de quem não quer ver, o que aconteceu no governo Reiquião foi a criação de uma Lei que regulamente as eleições nas escolas estaduais. A mesma lei (14231 http://www.apade.com.br/lei14231.htm ) que exclui o CEP e as escolas da Polícia Militar do processo democrático, algo que o Projeto do Deputado Mauro Moraes pretende mudar. Para quem tem memória curta, a indicação do governo era o que se praticava nos anos de chumbo da ditadura militar. Para quem tem memória curta, o Brasil vem se constituindo como uma República Democrática desde 1985, o que significa que temos que mudar as práticas do passado reacionário que insistem em permanecer em nossa cultura política. Para quem tem memória curta, o Reiquião tem apenas mais um ano a frente do Governo do Estado do Paraná. Significa que tudo pode mudar para melhor, nada é eterno, muito menos o Reiquião.

Thianny Carvalho Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 15:26 hs
Senhor Osmar, o senhor já parou para pensar porque depois de 2007 a comunidade do CEP continua pedindo eleições diretas? O Sr tem razão o CEP já foi referência em Colégio da América Latina, e foi o Requião que estabeleceu lei de eleição direta para a maior parte das escolas, mas sabe o que a Madselva fez com o CEP:
- Acabou as coordenações de área e do espaço das coordenações e da proposta de organização coletiva das áreas;
- Não tem mais xeróx para os alunos;
- A hora atividade virou hora-pedagoga e hora -piada já que os professores não tem mais espaços para produção de reflexão;
- As cameras estão para serem instaladas; Para que ?Porque Cameras no CEp quando escolas da periféria tem sérios problemas de segurança e violência?
- Voltaram os livros de chamadas antigos, antes os professores usavam planilha eletrônica, agora retrocederam no tempo e no gasto de papel usando livrinhos tradicionais.
- As assesssorias interrompem aula sob qualquer pretexto para tirar aluno de sala, fazer abaixar o uniforme se estiverem com a barra dobrada no maior calor, desrespeitando professores e alunos.
- O grêmio é tutelado é só pode marcar reunião com a autorização da direção.
- A Madselva acabou com a Rádio intervalo.
- Professores competentes e comprometidos respondem processo administrativo ou foram afastados.
Quando a Madselva chegou no CEP ela disse que vinha preparar a escola para a sociedade socilista , ela de fato conseguiu: igualou o CEP a qualquer escola: hoje lá impera descrença, desmotivação e comodismo.
Parabéns Mauro Moraes continue a sua luta , a nossa luta na defesa do patrimonio público deste Estado.

Maiko Vieira Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 15:52 hs
Realmente algumas pessoas tem memoria curta, as eleições diretas nas escolas públicas iniciou com um projeto de lei de Rubens Bueno em 1984, no governo de Requião em 1992 ele acabou com as eleições diretas, depois o governo Lerner voltou a organizar eleições semi-diretas (as famosas listas triplices), em 2003 conforme acordo e promessa de Requião feita ao PPS e a APP ele instauro novamente eleições diretas nas escolas públicas deixando o CEP de lado por se tratar o mesmo (na visão Requião) um colégio diferenciado.
ELEIÇÕES DIRETAS no Colégio Estadual do Paraná É UM DIREITO dos funcionários, professores e alunos, um luta histórica dos estudantes que deve ser respeitada.
Diretas Já!!!

Carlão Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 15:54 hs
Cuidado que o Requião manda a PM bater nestas crianças como fez na última vez.

Rubens Tavares Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 16:06 hs
As eleições representam antes de tudo uma consulta popular e parte integrante de todo projeto democrático, que vise a construção de uma sociedade que garante direitos politicos e civis. Podemos escolher nosso presidente, nosso governador, nossos representantes no poder legislativo, nosso prefeito, mas não podemos eleger as direções do Colégio Estadual do Paraná, que situação paradoxal. O mais absurdo dos argumentos é de “que sempre foi assim” como diria Kant argumentos da tradição obscurecem meu juizo analitico e impedem a clareza da minha razão.

Professora Cleusa Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 17:27 hs
Esperamos que finalmente este Projeto de lei entre em votação e que seja respeitado a vontade da comunidade escolar do CEP.
“Uma verdadeira democracia tem que propiciar a todos os seus cidadãos todos os usos possíveis da palavra – não para que todos sejam artistas, mas para que ninguém seja escravo”. (Gianni Rodan)

Profª.
Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 17:37 hs
É inconcebível, atualmente, um gestor escolar autoritário com a comunidade escolar e submisso às instâncias superiores, pois suas atribuições consistem apenas no repasse das determinações de seus superiores.
Necessitamos muito de democracia na escola e o primeiro passo é a implantação das eleições para a direção.Somente com a introdução de mecanismos participativos nas decisões poderemos elaborar um Projeto Político Pedagógico comprometido com as verdadeiras necessidades da escola. Participação baseia-se no princípio da autonomia e se opõe às formas autoritárias de tomada de decisão, e a comunidade do Colégio Estadual do Paraná tem capacidade para a condução dos destinos dessa instituição.

Juclécia Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 18:38 hs
Já é mais do que na hora de se fazer algo a respeito, afinal de contas, como ficaram os processos dos professores que lutaram? Onde fica a rejeição da comunidade escolar aos desmandos da interventora? É justo pagar pelos erros cometidos pelo governo “Rei” quião?

Bruno Domacoski Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 19:24 hs
Por quê?

Essa é a pergunta que me faço todos os dias…. Porque meu filho pode votar para presidente, senador, deputado, prefeito e tudo que é seu direito. Mas não pode escolher o diretor de sua escola? Porque? Só por causa do interesse no cargo?

Ainda mais quando esse diretor, é um ditador, que não aceita opiniões contrárias, que não comanda o colégio, com respeito e organização. É nesse momento que deveria poder escolher.

O que vimos no CEP (Colégio Estadual do Paraná) a dois anos atrás foi uma manifestão, contra os mandos e desmandos desse senhor e dessa senhora chamados Requião e Madselva respectivamente. Foi uns dos momentos mais bonitos que vî de nossa juventude. De reconhecimento de direitos e Deveres.

Parabens aqueles jovens, e esperamos que nossos “maravilhosos” deputados façam a sua parte. Afinal o CEP pede SOCORRO!!!



Carol Quarta-feira, 18 de Março de 2009 – 19:52 hs
Para quem tem memória curta, até pouco tempo mesmo com a indicação do diretor geral pelo governador era tradição abrir para a comunidade escolar a escolha dos diretores de turno. Madselva (Dona Maria), no bom estilo Requião acabou com isso, escolhe quem ela quer usa e depois chuta para escanteio. Quantos diretores auxiliares já passaram por lá em 2 anos?

O CEP precisa de eleições diretas já! E que Madselva vá embora, e nunca mais volte… é a vontade do povo.


Prof.Rubens Tavares Quinta-feira, 19 de Março de 2009 – 8:53 hs
Espera-se que os deputados que representam os interesses do bem público votem pautados pelo resultado do plebiscito de 2008, que indiscutivelmente foi favoravel as eleições diretas, vencendo o sim, entre os professores, pais e estudantes.se a democracia é a vontade do povo, espera-se que os deputados instaurem o primeiro passo para a democratização não somente do CEP, mas de todas as escolas que ainda não podem escolher seus representantes, não façam como fizeram alguns deputados em 1984. ” A forma de corrigir esse desvio é devolver ao povo (comunidade do CEP) o direito de escolher seu presidente( diretor) e de fixar rumos de seu próprio destino. A comunidade escolar do CEP tem o direito de ser ouvida. e bom lembrar ” a eleição direta dos governadores foi resultado do longo combate do povo brasileiro pela democracia. a eleição direta dos governadores em todos os níveis, do prefeito municipal ao presidente da República, é o anseio que a nação deseja agora ver realizado próximo passo dessa longa caminhada.”( Franco Montoro, PMDB de guerra) que seja também para o CEP.



Thianny Carvalho Quinta-feira, 19 de Março de 2009 – 13:35 hs
Sr Osmar , o que escrevi é uma parte do que o CEP está passando. Como o senhor estudou lá , sabe o que era o CEp, a escola considerada referência no Paraná. O CEP era uma acadêmia de Produção do saber, hoje predominam professores amordaçados e pedagogas submissas aos desmandos da Direção geral. Por favor olhem para o CEP no passado e no presente e analisem o resultado desta gestão.

Lizandra R. Souza Quinta-feira, 19 de Março de 2009 – 17:43 hs
Não me assusto quando vejo a população chamando os alunos, professores, funcionários, pais e ex-alunos para continuar com essa luta, afinal, todos conseguem perceber com muita facilidade as coisas que acontecem no Colégio Estadual do Paraná, e ficam preocupados em perceber que aquele que já foi o melhor Colégio da América Latina hoje se torna aos poucos um Colégio de bairro. Minha vó se assuta quando fica sabendo dos absurdos que lá acontecem, assim como minha tia, que por sorte foi estudante do Colégio Estadual em sua boa época.
Sou aluna e ex-mebro do GECEP (gestão reação 2007/08) e hoje no Colégio Estadual do Paraná, eu tenho a maravilhosa oportunidade de aprender as matérias pela metade, ser mal avaliada no final de um semestre, ter aula com professores sem a mínima experiência, não assistir peças e espetáculos promovidos por outros alunos, de manter distância de tudo aquilo que diz respeito a cultura, não sou incentivada em atividades esportivas nem artísticas, aliás, quando quero me manter informada sobre o meu país, estado e cidade, corro para a biblioteca, e sabe oq ue eu encontro? Nada, pois até mesmo as assinaturas de jornal e revistas foram canceladas.
As vezes, assim como todo ser humano normal, sinto vontade de ir ao banheiro e meus professores receberam ondens para não diexar alunos saírem de sala nem mesmo para ir ao banheiro. E quando chego atrasada para a primeira aula, sabe oq ue acontece? Vou para a direção auxiliar e fico presa lá até cansarem da minha cara, enquanto isso sou proibida de entrar em sala para assistir a aula.
Na verdade, as coisas ridiculas e pouco democraticas que aconteceram em 2007 ainda acontecem, a diferença é que agora elas acontecem em cima das costas dos famosos CÃES DE GUARDA de nossa querida e amada BOMBA DE HIROSHIMA.
Quando nos manifestamos pedindo pela democracia dentro do Colégio Estadual em todos os sentidos possíveis, fomos calados pela falta de ética profissional e a falta de capacidade administrativa da bomba de hiroshima, e para que isso nunca mais chegasse perto de acontecer, as atitudes antidemocraticas são feitas no escuro.

Lizandra R. Souza Quinta-feira, 19 de Março de 2009 – 17:55 hs
O Grêmio Estudantil do Colégio Estadual do Paraná tem 57 anos de história, no final desse ano completará 58 anos. O GECEP é uma entidade com estatuto registrado e a lei estadual 11.057 de janeiro de 1995 garantindo a sua liberdade e autonomia, e essa mesma lei garante que toda e qualquer interferência estatal e/ou particular nas atividades que dificulte ou venha impedir o livre funcionamento de um Grêmio Estudantil será vista como abuso de poder (sob penalidades da lei).
Hoje no Colégio Estadual do Paraná a Bomba de Hiroshima se opõe a toda e qualquer decisão tomada pelo GECEP que venha interferir nos seus intereses particulares ou políticos, se não partidários.

É incorreto, antietico e antidemocrático SIM qualquer atitude que seja tomada de acordo com um interesse particular que afete uma ou mais pessoas.
Quando eu, aluna do Colégio Estadual do Paraná percebo que sou uma pobre e coitada vítima das sujeiras da nossa política não vou me manter calada, muito pelo contrário, acho inaceitável ser prejudicada na minha educação pelos desejos ridículos e fúteis daqueles que são beneficiados pela hierarquia. O Colégio Estadual do Paraná tinha por ano 8 milhões para investir dentro da mesma instituição e hoje após uma revolução que desconheço a origem o CEP conta com 12 milhões, isso é normal? Não isso não é normal, se ao menos fosse investido todo esse dinheiro, mas ele não é investido, eu não tenho nem mesmo a oportunidade de aproveitar do planetário que tem dentro do meu Colégio.

Já chega de ficar brincando de ESCOLINHA FELIZ, já chega de ignorar uma situação que em seus mínimos detalhes é ridicula, o fato é que chegamos no limite, e o que aconteceu dentro daquele que era conhecido como o melhor colégio da américa latina foi a explosão de uma bomba semelhante a bomba de Hiroshima, e hoje, aqueles que nascem dentro do Colégio Estadual do Paraná (os calouros) vão ficar para sempre com marcas das interesses ridículos de uma política suja.
E eu?
Também sou vítima, e todos aqueles que pisaram no CEP desde 2007 até mais alguns anos sentiram os efeitos da bomba, pois para se recuperar de uma bomba como essa, não é de um dia para o outro, e nem de uma hora para outra. Chega de hipocrisia, não vamos aguentar mais nenhum segundo.

Ah, e antes que eu esqueça, você acham que a perseguição acabou no final de 2007 com os professores? Engano seu, agora ´com os alunos ainda mais que antes. Ninguem está livre, muito pelo contrário, estamos condenados.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Pesquisa revela o que o Brasil pensa da escola pública

Professores desmotivados e mal pagos são o principal problema da educação básica pública, na opinião de 19% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada ontem, do Ibope Inteligência para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o movimento Todos Pela Educação. Em segundo lugar, 17% dos entrevistados apontam a falta de segurança nas escolas e a presença de drogas no ambiente escolar. Já o número insuficiente de escolas aparece como o terceiro principal problema na área de educação, apontado por 15% dos brasileiros.

Já na Região Sul, a situação se inverte. O número insuficiente de escolas é o primeiro problema da educação básica pública para 19% dos entrevistados. Depois aparece a falta de segurança nas escolas, com 18% e, em terceiro, professores desmotivados e malpagos, com 17%. Em todo o país, a preocupação com a baixa qualidade de ensino e aprendizagem apareceu em sexto lugar e é apontada por 9% dos entrevistados como principal problema do setor.

A advogada Ceres Emília Gubert Demogalski teve de trocar seu filho Ricardo, 7 anos, da rede particular para a pública por dificuldades financeiras. Ele foi para o 1º ano do ensino fundamental de oito anos e, entre as principais preocupações da mãe, estava a segurança dentro da escola. Na primeira escola pública em que Ceres colocou seu filho, no centro da cidade, as crianças ficavam soltas no pátio na hora da entrada e saída. “Perto do portão não tinha ninguém para controlar a entrega dos alunos aos pais. Acabei apavorando meu filho, porque explicava para ele os perigos que podiam ocorrer na saída, como drogas e sequestros na porta da escola. Orientava sempre que ele ficasse bem longe do portão e só saísse quando visse eu ou meu marido”. Três semanas depois, Ceres resolveu trocar o seu filho de escola.

O presidente executivo do movimento Todos Pela Educação, Mozart Ramos, ressalta que se preocupa com a distorção que a população pode estar fazendo a respeito da educação pública brasileira em relação à falta de segurança nas escolas e à presença das drogas no ambiente escolar. “Não dá para tirar o foco da aprendizagem, da qualidade de ensino. Daqui para frente é capaz do brasileiro pensar que é mais importante ter mais policiais, mais cadeias e menos escolas. O primeiro passo para que um jovem entre no mundo das drogas é abandonar a escola”, diz.

Um dado curioso é que menos de 1% dos entrevistados na pesquisa apontaram a falta de participação dos pais na educação escolar dos filhos como um dos principais problemas da educação básica pública no país. De acordo Ramos, o resultado reflete o que se vê no cotidiano escolar atual: a baixa participação dos pais na vida escolar dos filhos. “Ensinar é responsabilidade do professor, mas educar é de todos. As escolas que conseguem se sobressair no cenário atual são as que apresentam alta participação da família no cotidiano”, diz. O resultado da pesquisa levou o movimento Todos Pela Educação a adotar a aproximação das famílias como um dos focos do trabalho em 2009.

Avaliação é positiva, mas difere entre regiões

A avaliação da educação básica pública é considerada positiva para 41% dos entrevistados, que classificaram o serviço oferecido como bom ou ótimo. Já na opinião de 24% dos brasileiros, o ensino público foi mal avaliado e considerado como péssimo ou ruim. A Região Sul é onde os entrevistados têm uma percepção mais positiva: 54% consideram a educação pública como boa ou ótima, contra 13% que classificaram como péssima ou ruim. Na Região Sudeste ocorreu o contrário, 31% classificaram o serviço como péssimo ou ruim, contra 32% que acham que é a educação pública boa ou ótima.

Além da avaliação positiva, 47% dos brasileiros pensam que a educação básica pública no país está melhorando, mas em ritmo lento. No interior, a percepção sobre a Educação é mais positiva do que nas capitais e periferias. Quase 50% dos entrevistados do interior avaliam o ensino como ótimo ou bom, na periferia cai para 31% e chega a 27% nas capitais. Nas cidades de até 20 mil habitantes, 56% avaliam a educação básica como ótima ou boa; para aquelas cuja população está entre 20 mil e 100 mil o percentual cai para 44%; e nas com mais de 100 mil habitantes a avaliação positiva chega a 33%.

Os números ainda indicam que quanto menor a renda familiar do entrevistado, melhor é a avaliação dele sobre a Educação: 55% das pessoas com renda familiar de até um salário mínimo consideram a educação ótima ou boa. Para aqueles com renda entre um e dois salários mínimos, esse percentual é de 46%; entre os de mais de dois e até cinco salários, 34%. Entre a população com renda familiar superior a dez salários, a satisfação cai para 17%. “É natural que na capital as pessoas sejam mais críticas, mais conscientes e atentas para as questões da educação”, diz o superintendente executivo da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, Jorge Eduardo Wekerlin.

A Secretaria Estadual de Educação foi procurada pela reportagem para comentar os resultados da pesquisa, mas a assessoria de imprensa informou que não haveria posicionamento oficial a respeito. A pesquisa foi realizada entre 5 e 8 de dezembro do ano passado, com 2002 eleitores maiores de 16 anos em 141 municípios. A margem de erro estimada é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: Gazeta do Povo
17/03/09

Onde está o respeito na escola?

Onde está o respeito na escola?
18 de Março de 2009

A escola vive sérios problemas e entre eles está a falta de respeito envolvendo alunos e professores

fonte: Zero Hora (18.03.2009)
Jocelin Azambuja (*)

A redemocratização do país atingiu a escola, que, buscando práticas democráticas, não soube mais desenvolver os limites necessários em qualquer organização social. As regras são fundamentais, quer na família, quer na escola, e estas, quando não sabem dar limite e responsabilidades a seus alunos e filhos, acabam por se perder em seus próprios erros.

É importante que façamos uma reflexão sobre esta realidade. Professores, pais e estudantes devem se indagar sobre as razões que levam as escolas com propostas de maior rigor e disciplina a conseguir melhores resultados educacionais. É importante que governantes e sociedade analisem também sob este foco os dados do Enem e de outras avaliações educacionais.

Dois aspectos, além dos limites, podem ser positivos, a meu ver, para melhorar a escola: a valorização da participação da família, para estimular a integração dos pais à escola, participando das atividades das associações de pais, os CPMs/APMs, e da vida escolar de seus filhos em permanente debate, trocando ideias e buscando objetivos que tornem o dia-a-dia da escola melhor e a educação mais qualificada. Importante lembrar que a organização dos pais através dos CPMs/APMs tem chamado a atenção de pesquisadores em nosso Estado e no país. Outro aspecto é a volta do uso de uniforme. Entendo que o uniforme é fundamental para dar maior segurança e igualdade na escola. Na Argentina, no Uruguai, países do Mercosul, e nos países considerados desenvolvidos, usa-se uniforme, inclusive para professores, evitando com esta prática as competições, as diferenças entre os estudantes e auxiliando na segurança e disciplina no espaço escolar.

Precisamos repensar a instituição escolar, para que dê limites e responsabilidades, que receba investimentos materiais e técnicos, para que seja uma instituição em que o respeito ao aluno e dos alunos aos professores seja uma prática constante. Precisamos aliar a isto o ideal dos professores, o ideal de formar homens e mulheres para o futuro deste país, pais que participem do dia-a-dia da escola de seus filhos e governantes que entendam que a educação é a solução.

*Presidente do Conselho Sul-Americano de Comisiones e CPMs/APMs, advogado e autor do livro CPMs & APMs: Uma revolução comunitária. Na obra, Jocelin Azambuja faz um relato histórico da maior organização comunitária legalmente constituída, os Círculos de Pais e Mestres (CPMs) e as Associações de Pais e Mestres (APMs), atualmente com mais de 80.000 entidades no Brasil. O autor ainda propõe reflexões sobre a participação dos pais na escola, a atuação dos professores, o processo de eleições de diretores em escolas públicas, as contribuições dos meios de comunicação e as interferências da política partidária na educação escolar e o futuro do Brasil.

terça-feira, 17 de março de 2009

A nova cara do CEP

No aniversário de 163 anos do Colégio Estadual do Paraná, a Direção inovou mais uma vez. Este Colégio, com larga história na educação, se esforçava por romper tradições obsoletas e avançar numa concepção de educação libertadora.

No entanto, apresentou para seus alunos e alunas, dos 1ºs e 2ºs anos, sem a presença dos 3ºs anos, um musical só com músicas norte-americanas, numa ampla demonstração de como fazer uma pedagogia colonialista e pasteurizada: meninas de shorts prateado curtissimo, rebolavam para a platéia aos moldes da “dança da garrafa” ou do “bonde do tigrão”.

Do “espetáculo” fizeram parte cenas em que, a certa altura, giraram um globo no palco e uma menina saiu de dentro, houve perfomances do Michael Jackson, etc... Podemos dizer que, tecnicamente era ótimo: para apresentar no Faustão, Gugu ou numa casa noturna...

Mas numa escola que comemorava seus 163 anos de existência, ficou vulgar e descontextualizado, funcionou como elemento de banalização do corpo feminino e publicidade do que a indústria cultural tem de pior. Ou ainda, como falaram alguns professores mais conscientes, foi uma apologia à alienação e à mercantilização: a cara do CEP hoje.

Houve também professores/as comentando que estava lindo, que isto está na sociedade, é assim mesmo. Então é essa a nova pedagogia disseminada no CEP? A pedagogia do conformismo e da adaptação à brutalidade desse mundo de consumismo e indiferença?

Então perguntamos: pra que escola? Pra corroborar o colonialismo de todos os tipos inclusive e sobretudo o cultural? Pra corroborar a desumanização da mulher? Pra corroborar a vulgaridade e a mediocridade? Pra justificar o que não nos propomos a mudar?

Mas muitos de nós ficamos indignados, atônitos diante dessa programação oferecida aos alunos e às ALUNAS! O que os meninos e meninas apreenderam disso? O Dia 8 de Março não ensinou nada para quem organizou essa programação.

Achamos que não podemos deixar passar. Ainda que em nome de alguns, pois hoje o CEP se notabiliza também pelo grande número de professores contrato PSS e Ordem de Serviço, cujos vínculos precários os deixam em situação de risco permanente de remoção e/ou desemprego. Outros, que já sabem que agradando a direção terão vida melhor, também preferem se proteger e não se manifestar, pra sofrer menos.

No mesmo CEP, dia 19 de Fevereiro, uma empresa privada que produz material apostilado, teve autorização para montar uma barraca no pátio do colégio para vender seus produtos, e a assessora da direção distribuía prospectos da referida empresa na sala dos/as professores/as... E na semana pedagógica, professores receberam as matrizes curriculares do Estado do Paraná numa pastinha dessa mesma conhecida empresa, acompanhada de uma canetinha. Ou seja, a lógica da mercantilização vem invadindo todos os espaços. Que chegasse à sala de aula portanto, não é de espantar.

Mas nos espantamos. E por isso manifestamos nossa indignação e nosso repúdio a essas práticas pedagógicas que vulgarizam a mulher, que desrespeitam nossa cultura e nossa história, e que só contribuem para desumanizar e alienar quando é tarefa da educação libertadora avançar do senso comum para uma consciência crítica, politizada e transformadora.

terça-feira, 3 de março de 2009

Os absurdos continuam II...

Paranaonline 01/03/2009 às 00:00:00 - Atualizado em 01/03/2009 às 19:29:38

Indisciplina de estudantes também é culpa dos pais
Luciana Cristo





Colégio Estadual do Paraná terá câmeras de segurança ainda neste semestre.

Ainda neste semestre, o Colégio Estadual do Paraná (CEP), o maior do Estado, pretende implantar 76 câmeras no circuito interno para aumentar a segurança. Os equipamentos serão responsáveis por monitorar a comunidade escolar composta por quase 9 mil pessoas que circulam pelo colégio. A instalação das câmeras está em fase de licitação e elas devem ocupar todos os espaços do colégio, com exceção das salas de aula e banheiros.

Em 2008, foram três casos registrados de aluno com porte de drogas dentro do CEP, de acordo com a diretora do colégio, Maria Madselva Ferreira Feiges, após denúncias anônimas feitas por bilhetes ou telefonemas. A ocorrência mais constante, no entanto, que provoca o chamamento da Patrulha Escolar são brigas na frente do colégio entre torcidas de times de futebol.

Nos casos em que o comportamento ultrapassa a barreira entre a indisciplina e o delito, não só no CEP, mas em qualquer colégio, a Patrulha Escolar da Polícia Militar do Paraná é acionada. E, cada vez mais, a influência dos pais na vida dos filhos é ressaltada por especialistas como fator para o envolvimento em situações de violência escolar.

Quando o estudante é levado pela patrulha, a família do aluno também é chamada e a escola recebe orientação sobre como lidar com o adolescente quando ele voltar para a escola, segundo explica a coordenadora da Patrulha Escolar no Paraná, Margarete Maria Lemes. "Muitas famílias fecham os olhos e esquecem a sua parcela de responsabilidade. Os estudantes vão ser reprodução aprimorada do que os pais são e eles precisam saber que, se incentivarem atos ilegais, poderão responder por apologia ao crime".

Além do projeto das câmeras, mudanças com foco na segurança começaram a ser aplicadas no CEP no início do ano passado, quando foi firmado um termo de compromisso com os pais, desde questões básicas, como pontualidade e uso do uniforme, que apontava o que era responsabilidade dos pais.

Extrapolar o limite entre a brincadeira e a violência, muitas vezes, aparece da falta de acompanhamento do desempenho do filho e suas atitudes na escola, o que pode acarretar comportamentos agressivos. O exemplo do personagem Zeca, na novela Caminho das Índias, que é incentivado pelos pais em suas "brincadeirinhas" de mau gosto com colegas é uma situação limite, mas que tem despertado debates pelo País em torno da superproteção dos pais no mau comportamento e a falta de respeito dos alunos dentro da escola - e também fora dela.

Segundo a presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR), advogada Márcia Caldas, os pais são co-responsáveis pelas ações dos filhos. "Há necessidade de se cobrar politicamente medidas para se educar a família, e não apenas a criança, que muitas vezes fica alienada na frente da televisão. Depois, os pais ficam revoltados quando a escola planeja implantar medidas de segurança, como a revista na entrada das aulas", exemplifica.

Dizer não ter tempo de comparecer à reunião de pais ou de ir à escola com frequência também é criticado pela advogada. "Por mais compromissos profissionais que os pais tenham, o compromisso principal é com os filhos e sua educação, o que está previsto em lei pelo Estatuto da Criança e do Adolescente", ressalta.

Os absurdos continuam...

(Publicada no orkut - Comunidade do Colégio Estadual do Paraná)

Diretas Já
Carta aberta aos estudantes e a comunidade escolar do Colégio Estadual do Paraná
‘’Quem não luta por sua liberdade,não a merece’’
Herbert de Souza


Vimos por meio desta carta deixar o nosso profundo desagravo às medidas pedagógicas,tais quais a Escola vem tomando como exemplo, a questão de atrasos e freqüência escolar.Como todos sabem, atualmente o aluno que por alguma eventualidade tiver três atrasos no semestre é comunicado aos pais, e fica impedido de assistir à aula, tendo que assim ser ‘’liberado’’ para retornar a sua residência. Não queremos aqui defender o direito à chegada na segunda aula, mas sim ao livre acesso permanente à Escola, independentemente da quantidade de atrasos ou não.
Algumas pessoas dizem que o controle de atrasos é uma forma de combater o baixo rendimento escolar apresentado pelos alunos do CEP no ano passado, e uma forma de combater o aumento da reprovação por faltas. Porém o que tem sido usado é uma pedagogia militarista,que ao invés de usar do respeito e do diálogo reconhecendo o estudante como protagonista da escola onde estuda e incentivar o mesmo ao prazer da procura pelo conhecimento,usa de princípios como o respeito cego às leis impostas e à autoridade.Pasmem!Em pleno século XXI com tantos pensadores progressistas no meio da educação como Paulo Freire e Michel Focault, ainda temos práticas medievais em nossa escola.
A busca pelo conhecimento deve ser proposta como uma prática prazerosa e de um despertar para o pensamento crítico e ativo.Infelizmente em nosso colégio predomina a arrogância daqueles que são pagos para administrar nossa instituição de ensino de que,’’quem não está feliz com as leis da escola,que mude para outra’’. Ótimo argumento muito bem usado na ditadura militar em nosso país, ‘’Brasil ame-o ou deixe-o’’.
Usar de artifícios ridículos como impedir a entrada do aluno em sala porque ‘’é prerrogativa da Direção-Geral’’ é totalmente contrário à LDBEN que em suma nos diz: O ensino será ministrado nos princípios da igualdade de condições para o acesso a permanência na escola’’. Fazer que por 5 minutos de atraso o aluno perca 5 ou 6 aulas chega até ser anti-pedagógico, terrorista e irracional!A educação que nós queremos deve partir da construção coletiva, junto a comunidade escolar dos processos organizacionais e pedagógicos da escola,baseado na gestão democrática e participativa!E não de leis ridículas como proibir de jogar baralho na escola!Não queremos leis que nos proíbam de fazer aquilo ou isso, mas sim que nos incentivem a ter uma consciência cidadã e ativa! Não queremos aceitar passivamente o discurso de que ‘’devemos respeitar as leis’’, queremos sim é transformá-las, e construir um CEP realmente democrático.
Por isso ousamos dizer:
- Tolerância aos atrasos! Garantia do acordo firmado em 2008 entre GECEP e Direção-Geral,sendo 3 atrasos por mês,não por semestre como é imposto.
- Respeito à LDBEN no Título II Art. 3 parágrafo I, sobre igualdade de condições ao acesso e PERMANÊNCIA na escola.
- Eleições diretas para o cargo de direção auxiliar e geral,como respeito à gestão democrática do ensino.
- Respeito à Liberdade e à Tolerância,chega de inspetores tratando aluno como se fossem carcereiros. Escola não é cadeião, é lugar de transformação!
- Mudanças nos critérios pedagógico e avaliativo, como a volta das coordenações de disciplina, o fim do barateamento do ensino,incentivo a aulas de campo,unindo teoria e prática, e a volta de projetos como o sedução poética como modo de incentivo a pesquisas e trabalhos extra-classe.
Com isso ousamos dizer que não queremos que os estudantes sejam tratados como algo subjetivo e de forma autoritária,quem constrói a escola somos nós! A Escola é feita para nós, por isso não queremos aceitar ditames e leis impostas,queremos construir um novo CEP!
Saudações Estudantis!
Curitiba, 3 de Março de 2009
Colégio Estadual do Paraná