As flores da Primavera do CEP/ 2007

Compartilho com TODOS que fizeram parte deste capítulo da história do nosso amado CEP. Tudo isso só foi possível porque acreditamos na utopia, na união, na força da comunidade escolar, para lutarmos contra o autoritarismo e a opressão, mesmo parecendo que a diferença de forças era descomunal. Só assim é possível construirmos a sociedade com a qual sonhamos e tanto merecemos! Professora Malu Rocha

Texto do professor Rubens Tavares Agora a pouco tive a notícia de que a colega companheira Malu foi reintegrada ao quadro de professores do Estado do Paraná. Para quem não lembra ou não conhece a história, ou a esqueceu, a professora Malu foi processada, impedida de frequentar o Colégio Estadual do Paraná, fotografada pela P2(órgão de inteligência da policia Militar) perseguida e não foi banida porque aquele momento não era mais uma ditadura, que felizmente foi banida pelo povo brasileiro, mas porque uma ditadura começava a se instalar no CEP, que começava a mostrar a que veio, mostrar as suas garras e impor o terror, a perseguição o autoritarismo. Pelas mãos de quem “defendia” gestão democrática e o mais irônico é que fez desse pseudo discurso o tema de seu doutoramento na UFPR, que momento mais triste será para a academia. Professores processados pelo dispositivo ditatorial do estatuto do funcionalismo a “civilidade”, ou simplesmente porque discordavam do pensamento único, inquestionável e sempre como única verdade, que era o da direção de plantão indicada. Funcionários humilhados pela arrogância do pseudo saber, alunos não ouvidos pelo simples fato de serem alunos. E cercada pelos puxa sacos de plantão que sobrevivem por serem exatamente os que simplesmente obedecem sem questionamentos. Como diretores que, se naquela época nem mereciam ser citados o que dirá agora, que viravam fotógrafos cinegrafistas inspirados na escola de "Leni" Riefenstahl. Para quem não conhece a história, isto aconteceu na “Primavera do CEP” em 2007 quando jovens estudantes pegaram a “história em suas mãos” e foram seus principais protagonistas, “um pensamento que para é um pensamento que apodrece”, “sejamos realistas peçamos o impossível”. E hoje ao ser reintegrada, a professora Malu seja rebenvinda, porque nunca saiu do quadro de professores, será sempre bem-vinda, porque é uma mulher lutadora, perseguidora de utopias. E essa vitória é a vitória de todos aqueles que lutaram e continuam lutando por uma escola de paredes de vidro, uma escola de rosto humano. E perdeu o promotor, perdeu o secretário de educação daquele momento, perdeu a não diretora, perdeu o ex-governador. E ganhou a democracia, a educação, o CEP, mais uma vem seja bem vinda professora Malu. E pra você e todos aqueles que acreditam na luta em defesa de uma educação pública gratuita e de qualidade, um presente que ficou e ficará marcado na memória que sempre que é visto os olhos ficam cobertos de lágrimas e o coração mais coberto de emoção. Pois educação sem emoção e lágrimas não é educação e sim adestramento. http://www.youtube.com/watch?v=bO4BsAiPIo0